El Niño deve trazer calorão e chuvas intensas para MS até o fim de ano

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  • Post publicado:29 de outubro de 2023

Mato Grosso do Sul deve enfrentar um fim de ano mais quente que o normal e com chuvas intensas em algumas regiões, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS). O fenômeno climático El Niño, que esquenta o Oceano Pacífico, é o principal responsável por esse cenário.

O Cemtec prevê que as temperaturas fiquem acima da média histórica entre novembro e janeiro, período que abrange o fim da primavera e o começo do verão. Em outubro deste ano, por exemplo, as temperaturas ficaram de dois a quatro graus acima da média histórica, medida entre os anos de 1961 e 1990.

“Em relação à previsão climática da temperatura do ar para o mesmo trimestre (novembro a janeiro), o modelo indica que, em Mato Grosso do Sul, as temperaturas tendem a ficar acima da média histórica”, cita relatório do centro.

Além disso, o El Niño pode potencializar a formação e a intensidade das tempestades no estado, principalmente nas regiões centro-sul e sudeste, entre Campo Grande, Dourados e Corumbá.

“A maioria dos modelos de previsão de clima indicam que o El Niño pode, provavelmente, atingir sua intensidade máxima entre os meses de novembro – dezembro – janeiro. Este cenário de variabilidade natural do clima pode potencializar a formação e a intensidade das tempestades no estado”, revela o Cemtec.

O centro também alerta para o risco de novas ondas de calor, causadas pelo fenômeno climático. “Outro impacto do fenômeno é que pode amplificar as altas temperaturas já registradas na primavera e, consequentemente, pode gerar novas ondas de calor“, informa o relatório.

A média prevista de chuvas para o período é de 500 a 700 milímetros divididos nos três meses já citados, o que é cerca de 50 a 60 milímetros acima do normal. A meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Dayse Moraes, explica que esse leve aumento de chuva deve focar as regiões centro-sul e sudeste do Estado.

“A previsão é de 230 a 300 milímetros em novembro; de 200 a 300 milímetros em dezembro; e de 200 a 250 milímetros em janeiro. A média sempre ficou entre 220 a 250 milímetros. Nas demais regiões de MS, estimam-se chuvas abaixo da média”, diz Dayse.

A combinação dos modelos C3S mostra que as chuvas devem ficar ligeiramente abaixo da média histórica para o período de novembro – dezembro – janeiro, exceto na região extremo sul de MS, onde as chuvas devem ficar ligeiramente acima da normal climatológica”, informa o Cemtec.

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