Ações contra ladrões e receptadores de celular, realizada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (17), terminaram com 60 pessoas presas em Mato Grosso do Sul. Denominada Operação Voleur, a caça aos suspeitos do crime acontece em todos os estados brasileiros para cumprir mais de mil mandados de prisão e 190 de busca e apreensão.
Segundo balanço divulgado pela polícia, além das 60 pessoas detidas, as equipes apreenderam nove veículos usados em crimes, duas armas de fogo, 65 munições e ainda recuperaram 22 celulares. Os dados, explica o delegado Giulliano Biacio, titular da Derf (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos), são resultado de ações efetuadas ao longo de nove dias em todos os municípios do Estado.
Apesar da operação ser nacional, cada estado brasileiro focou no combate ao principal tipo de crime patrimonial encontrado entre a população. Em Mato Grosso do Sul, os alvos foram ladrões de celulares, residências e comércios. Cada delegacia ficou responsável pela investigação e análise do melhor momento para deflagrar a ação.
Segundo o delegado, hoje, em Campo Grande, a maior demanda das delegacias são os roubos de celulares em via pública, um crime considerado de “oportunidade”. Não existe um tipo de aparelho “preferido”, mas sim, locais e horários em que frequentemente os ladrões agem. “No início da manhã, no horário de almoço e fim de tarde, em locais de pouco luminosidade e movimentação, geralmente pontos de ônibus”, detalhou.
Outra questão que chama atenção, segundo Giulliano Biacio, é que os autores de crime como esse, geralmente, atuam em série. “Quem comente esses pequenos roubos faz em série. Então, a gente observa que se prendemos dois motociclistas que estavam roubando em um bairro, nas semanas seguintes, temos uma queda substancial de crimes na região. A análise diária deixa isso muito claro”, detalhou.
Justamente por isso, o delegado afirma a importância de ações como a Voleur, de investigação e repressão, além do aumento da parte preventiva. No Mato Grosso do Sul, participaram da operação 340 policiais, distribuídos em todos os municípios e em 14 delegacias da Capital.
Em nota, o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Dermeval Aravéchia de Resende e vice-presidente do CONCPC (Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil), afirmou que a operação sinaliza o esforço investigativo das polícias judiciárias na repressão aos crimes que impactam diretamente na sensação de segurança da população, como roubos e furtos.