Um exame de DNA realizado pela Polícia Civil confirmou que as partes de corpo encontradas no Rio Iguatemi, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, pertencem ao jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos, morto pela ex-namorada e pelo atual companheiro dela, em junho deste ano.
O crime aconteceu em Sete Quedas, a 468 quilômetros de Campo Grande, na madrugada do dia 25 de junho. O casal Rubia Joice de Oliver Luivisetto e Danilo Alves Vieira da Silva confessou que matou Hugo a tiros, e posteriormente, cortou o corpo em pedaços e jogou no rio.
O material genético usado para o exame de DNA foi fornecido pelo irmão mais novo da vítima, Jean Skulny, que atuou como testemunha no caso.
A confirmação da identidade de Hugo encerra uma das etapas da investigação, que já indiciou os dois suspeitos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles estão presos preventivamente.
O processo está em andamento na comarca de Sete Quedas, onde ocorrerá a audiência de instrução nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 2024. A família da vítima será representada pelos advogados Arthur Saldanha e Mayara Pagani, que atuarão como assistentes de acusação.
A audiência foi adiada a pedido do juiz Vinícius Pedrosa, que assumiu o caso temporariamente, após a saída do juiz Mateus da Silva Camelier, que foi transferido para a comarca de Ribas do Rio Pardo. O magistrado alegou precisar de mais tempo para se inteirar do processo, por se tratar de um caso complexo.
O assassinato
O assassinato do jogador ocorreu na madrugada do dia 25 de junho, após uma festa em Pindoty Porã, no Paraguai. Segundo as investigações da Polícia Civil, Rubia levou Danilo e Cleiton para a casa dela em Sete Quedas. Hugo Vinícius teria chegado ao local sem ser esperado e discutido com a ex-namorada, com quem havia terminado o relacionamento a pouco tempo.
Nesse momento, Danilo, que acompanhava Rúbia, sacou a arma e atirou na cabeça do jogador na porta da residência. Em seguida, Danilo e Cleiton teriam colocado o corpo da vítima em uma picape que pertence a Rubia e levado até a beira do rio Iguatemi, onde o jogaram nas águas.
No caminho de volta, os envolvidos, ainda em conjunto, lavaram o carro, a casa e as roupas sujas de sangue. Eles também teriam combinado uma versão para contar à polícia caso fossem interrogados.