Corumbá (MS)- Após bater recordes de gastos com comissionados, gastos superiores a R$ 3 milhões de reais por mês e até entrar na justiça para manter alguns deles nos cargos, o prefeito Marcelo Iunes agora fala em um novo modelo administrativo para 2021.
E uma das suas primeiras ações como chefe do executivo reeleito, foi exonerar 300 servidores comissionados, lotados nas mais diversas secretarias e fundações do município. A justificativa, segundo informação publicada no site institucional da prefeitura é que a demissões seriam necessárias, apesar de terem sido mantidas e defendidas pelo prefeito durante os três anos que esteve à frente da prefeitura entre 2017 e 2020.
Apesar das demissões o chefe do executivo tranquilizou os servidores exonerados, com duas informações; a primeira é de que todos deverão receber o “acerto” a que tem direito ainda este ano, e de que a maioria deverá retornar assim que seja necessário, deixando vago a própria posição mencionada de que as demissões é que seriam necessárias.
O município, no entanto, não informou qual será o impacto financeiro e funcional que a redução de servidores trará para a administração.
Confira no Diário Oficial a lista de exonerados
Outras mudanças
O município afirma ainda que deverá encaminhar nesta semana para Câmara Municipal, o novo organograma do Executivo para o mandato que se inicia em 1º de janeiro de 2021.
Além das demissões, Iunes afirmou que outras mudanças deverão ocorrer, como a criação de uma nova secretaria que ainda não foi anunciada, mas que deverá ter a função de tratar exclusivamente do planejamento e gestão administrativa.
Outra medida anunciada é a fusão da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos com a Secretaria Especial de Cidadania e Políticas Públicas, ambas administradas por parentes de Iunes, além de dar mais autonomia às Superintendências.
Iunes e os Comissionados
A grande quantidade de servidores comissionados sempre foi uma das marcas da administração Marcelo Iunes durante os três anos que está como prefeito da cidade. Neste período, além de críticas, o prefeito acumula uma série de ações judiciais e um processo movido pelo Ministério Público Estadual que pede a sua condenação por improbidade administrativa pelo ato de nepotismo, já que outra característica marcante de seu mandato foi a alta taxa de empregabilidade de parentes dentro da sua administração.
Os gastos para manter seus comissionados e apadrinhados, pesou no orçamento municipal e teve seu auge em fevereiro de 2020. O ano eleitoral foi crucial para o prefeito que chegou a gastar mais de R$ 3 milhões de reais em um único mês, somente com o pagamento de 595 servidores comissionados.
