Iunes bate recorde de nomeações e população arca com R$ 3 milhões de pagamento a comissionados

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  • Post publicado:11 de fevereiro de 2020

Corumbá (MS)- O contribuinte corumbaense iniciou 2020 sem motivos para se animar com o novo ano. Além dos impostos que acabam por consumir boa parte da renda familiar, uma despesa extra tem encorpado essa conta de forma crescente desde 2017, quando o atual prefeito Marcelo Iunes assumiu a chefia do poder executivo de Corumbá.

A conta se refere ao pagamento de 595 servidores que atualmente ocupam cargos em comissão, ou seja, aqueles são nomeados ao bel-prazer, e como bem entender ao mandatário da prefeitura. Como os dados por força da lei são inseridos junto ao Portal da Transparência, é razoável dizer que nunca na história de Corumbá se gastou tanto com o pagamento de salários para servidores ocupantes de cargos em comissão.

A soma ultrapassa a casa dos R$ 3 milhões de reais e os números não param de crescer desde 2017. Somente na comparação entre janeiro de 2019 e 2020, a prefeitura aumentou os gastos em R$ 800 mil reais.

Encorpam essa volumosa lista, nomes literalmente familiares de Iunes, como a da sua esposa, Amanda Balancieri Iunes, secretária especial de Cidadania e Políticas Públicas, que recebeu R$ 12.480 em janeiro, e da cunhada, Glaucia Antônia Fonseca dos Santos Iunes, secretária de Assistência Social, que ganhou R$ 16.640 no mês passado.

Aliás, o gasto da prefeitura com os parentes de Marcelo é outro caso à parte. Além da esposa e cunhada, outros dois cunhados, Jefferson Telles Moreira e Fernando Pedroso de Barros, tiveram que ser exonerados após o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) emitir uma recomendação alegando que a nomeação destes configurava nepotismo.

O gasto desenfreado do chefe do executivo municipal, contrasta com o atual momento financeiro do país, onde é observado um forte apelo para contenção de gastos especificamente com as benesses públicas, como cargos e salários, distribuídos a apoiadores partidários e políticos que fazem parte da chamada “bancada de governo”.

Chama a atenção também o aumento do valor gasto com pessoal, em pleno ano eleitoral, um exemplo claro é a comparação com o anos de 2017 ainda na gestão do ex-prefeito falecido, Ruiter Cunha de Oliveira, quando a prefeitura de Corumbá mantinha 204 servidores comissionados, e que custavam R$ 1.096.869,19 aos cofres públicos.

Na contramão dos números expressivos de gasto público, Corumbá amarga o aumento do desemprego. Na lista dos 79 municípios sul-mato-grossenses, a cidade ficou em 73ª na criação de vagas, deixando no passado o status de um dos mais prósperos de Mato Grosso do Sul.

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