Operação Pantanal: instalação de bases avançadas será mantida em 2025

operação Pantanal mantém bases avançadas em 2025
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  • Post publicado:11 de dezembro de 2024

Para acessar as áreas atingidas pelos incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) manteve um planejamento logístico e de atuação eficiente, que garantiu a efetividade do trabalho realizado durante todo o ano durante a Operação Pantanal 2024.

Nós sabíamos desde o começo que seria um ano atípico e nos preparamos para isso e a grande inovação foram as bases avançadas. Foi muito difícil, mas foi a grande diferença para esta temporada. Saímos vitoriosos com certeza, porque as previsões eram bem piores que 2020, que foi a comparação que sempre foi feita, quanto a escassez de chuva, nível do Rio Paraguai, tivemos a pior seca da história, e mesmo assim tivemos muito menos área queimada. Vamos melhorar ainda mais a nossa logística com as bases avançadas, além da questão da segurança dos nossos militares. Tudo já está sendo planejado para o ano que vem”, explicou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do CBMMS.

operação pantanal
Troca de comando de Incendios Florestais Foto Bruno Rezende 02 scaled Operação Pantanal
Troca de comando de Incendios Florestais Foto Bruno Rezende 17 scaled Operação Pantanal

Para a próxima temporada, a instalação das bases avançadas em 13 diferentes regiões do bioma, uma das principais ações desenvolvidas na Operação Pantanal 2024, será mantida. O trabalho foi essencial para a atuação eficiente e ainda garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais em locais de difícil acesso.

“Eu estava aqui gravando com o secretário estadual de segurança. Secretário, gostaria que o senhor falasse dessa troca de comando que muda, né, daqui pra frente de conferência. Olha, primeiro a gente usou a Tatiana num momento de crise. Ela mostrou total competência liderando, sendo um exemplo de eficiência, de dedicação. Cumpriu a missão dela e agora vai pra uma nova missão desafiadora, mas deixa um legado pra nós todos. É proteger o meio ambiente, é muito importante”.

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“Mato Grosso do Sul tem o bioma Pantanal e outros, como Mata Atlântica e o Cerrado, onde as mudanças climáticas têm atuado de uma forma muito contundente. E dar uma pronta resposta, uma satisfação para a população, entregar bons resultados, é essencial”, afirmou o secretário Antonio Carlos Videira (Sejusp).

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Incendio Pantanal Foto Bruno Rezende 5 Operação Pantanal
Operação Pantanal
Troca de comando de Incendios Florestais Foto Bruno Rezende 19 scaled Operação Pantanal

Além das bases avançadas, os bombeiros acessaram áreas com incêndios florestais em lugares remotos do Pantanal, por terra, água e ar. A travessia de balsa pelo Rio Paraguai e os demais que formam o bioma, foi constante para a realização do trabalho de combate às chamas, e a equipe de comunicação do Governo do Estado acompanhou um desses deslocamentos, no dia 23 de junho. Na ocasião o grupo de bombeiros militares seguia para uma missão na área conhecida como Maracangalha, e além do trabalho em solo também recebeu reforço aéreo com o apoio de uma aeronave air tractor.

O sargento Elcio Matheus Barbosa, especialista em combate a incêndio florestal, participou da missão e falou sobre as dificuldades encontradas no dia a dia do trabalho de contenção e extinção das chamas. “A região do Pantanal, por ser bastante extensa, a gente tem uma dificuldade de locomoção muito grande. Os acessos são difíceis, principalmente por causa da vegetação, que é bastante intensa, e muitas vezes não conseguimos acesso ao fogo”.

Mesmo em meio as dificuldades do trabalho realizado no Pantanal, seis meses atrás, o sargento Matheus já pontuava sobre a motivação para atuar no combate aos incêndios. “O motivo é a sensação do dever cumprido, a sensação de proteger o meio ambiente. Além de tudo, nós somos profissionais e seres humanos. A gente vê o Pantanal rico, um bioma tão fantástico, a fauna que é a coisa mais linda. Para mim, o significado do Pantanal é vida”, disse um dos “anjos do Pantanal”, como os bombeiros são chamados pelos pantaneiros.

Combate terrestre Pantanal Foto Bruno Rezende 17 Operação Pantanal
Combate terrestre Pantanal Foto Bruno Rezende 3 Operação Pantanal
Combate aereo Pantanal Foto Bruno Rezende 13 Operação Pantanal
Incendio Pantanal Foto Bruno Rezende 14 Operação Pantanal
Incendio Pantanal Foto Bruno Rezende 13 Operação Pantanal
Pre combate Bombeiros Foto Bruno Rezende 3 Operação Pantanal

Na manhã desta quarta-feira (11), durante a divulgação dos dados relativos ao fechamento da Operação Pantanal e a passagem do cargo da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental), o sargento e o cabo Luiz Carlos Muller que também esteve em diferentes regiões do bioma, avaliaram o trabalho realizado durante o ano de 2024.

“A gente sabe a dimensão que o nosso Pantanal tem. E o contato direto com o fogo, a gente requer uma certa experiência e a gente precisa de todo suporte, tanto de pessoas, quanto alimentação, lugar para ficar. Foi bastante cansativo, algumas noites nós tivemos que ficar a maior dificuldade foi essa. Mas o Corpo de Bombeiros fez um trabalho muito bom”, disse o sargento Matheus.

“Dentro da missão, nós conseguimos proteger o meio ambiente e as comunidades. A gente andou muito dentro do Pantanal, vimos comunidades totalmente isoladas. Uma família, vendo que o fogo estava chegando, e tivemos que abandonar o combate para tirar a família”, disse o cabo Muller.

A tenente-coronel Tatiane Inoue, que atuou como diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado, e deixou o cargo hoje (11), também pontuou sobre o sucesso da Operação Pantanal 2024.

Troca de comando de Incendios Florestais Foto Bruno Rezende 06 scaled Operação Pantanal
Troca de comando de Incendios Florestais Foto Bruno Rezende scaled Operação Pantanal

“É uma sensação de deve cumprindo, foram muitos desafios, mas olhando tudo que a gente conseguiu evoluir em pouco espaço de tempo com a ajuda de muitos, é gratificante. Mato Grosso do Sul tem uma política bem organizada em direção ao compromisso assumido pelo Estado de neutralidade de emissão de carbono até 2030 e isso a gente vê concretamente na corporação com investimentos e capacitação do nosso pessoal. O Estado é referência pela construção de cada um, com vários órgãos trabalhando juntos”.

Para 2025, a DPA já realiza o planejamento das ações de combate. “Nosso planejamento é dar continuidade às ações que nós vimos que foram efetivas. Como um exemplo positivo, a gente viu a situação das bases no Pantanal que nós devemos manter, são diversas bases no Pantanal para que efetivamente exista a presença do Estado nos locais e que a resposta seja muito mais eficaz quando aconteceu o incidente”, afirmou o major Eduardo Teixeira, sub-diretor da DPA.