O governo boliviano pediu ajuda ao Brasil para combater os incêndios florestais que atingem a fronteira entre os dois países. A informação foi divulgada pelo Itamaraty à CNN.
A Bolívia pediu o empréstimo de dois tipos de aeronaves, uma para combate direto às chamas e outra para transporte de brigadistas e bombeiros. O Ministério das Relações Exteriores não comunicou quando vai responder ao pedido.
Este ano, o fogo vindo do território boliviano cruzou a fronteira com Mato Grosso do Sul duas vezes, ao menos. O último episódio originou incêndio que chegou às proximidades da Serra do Amolar, no Pantanal de Corumbá, em julho. O foco seguia ativo até ontem (11) à noite, segundo divulgado pelo Corpo de Bombeiros sul-mato-grossense.
Voluntários da Brigada Alta Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro e apoiada pela organização SOS Pantanal, tentaram impedir que o incêndio cruzasse a fronteira de Mato Grosso do Sul. Aeronaves foram enviadas para ajudar o trabalho feito em solo, mas não puderam deter o avanço do fogo diante de condições climáticas extremamente desfavoráveis – ventos fortes, umidade relativa do ar em nível desértico e temperaturas acima dos 35ºC.
O território de Mato Grosso também é afetado por fogo com origem naquele país. Bombeiros do estado vizinho atuam na fronteira desde sábado (10), pelo menos, conforme informa publicação do governo estadual.
Governador de MS
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Na semana passada, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, se reuniu com o governador de Santa Cruz de La Sierra, Mario Aguilera. O combate ao fogo que consome regiões florestais foi um dos assuntos conversados.
“Dia produtivo em Santa Cruz de La Sierra! Participei da Total Conference 2024, onde palestrei sobre as potencialidades de Mato Grosso do Sul para empresários, agropecuaristas e demais líderes bolivianos. Ainda me reuni com o governador Mario Aguilera para discutir projetos que conectam MS e a Bolívia, como ferrovia, estradas e combate a incêndios”, postou Riedel em suas redes sociais.
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso enfrentam incêndios florestais intensos este ano, que já devastaram mais de 1 milhão de hectares, este ano, segundo o monitoramento do Lasa-URFJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Essa área é pouco maior que um terço do território da Bélgica, para se ter uma ideia.
Trabalham no céu, terra e água centenas de combatentes do Exército, Marinha, Força Nacional, Corpo de Bombeiros, Força Nacional, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), além dos brigadistas voluntários, para deter os incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Este ano, a situação é mais crítica no Estado em comparação ao bioma no estado vizinho.
