A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu o processo administrativo disciplinar que investigou a conduta dos policiais rodoviários federais que participaram da abordagem e morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe. O processo tem mais de 13 mil páginas e recomenda a demissão de três agentes e a suspensão de outros dois.
O processo administrativo disciplinar apontou que os três agentes diretamente ligados ao caso agiram com “desvio de finalidade, abuso de poder e excesso”. Além disso, o documento indicou que outros dois agentes preencheram o boletim de ocorrência “sem a devida transparência e informações relevantes”, segundo a PRF.
O processo foi encaminhado ao Ministério da Justiça na noite de quarta-feira (2). O órgão é responsável por decidir se acata ou não a recomendação da Corregedoria da PRF. A palavra final é do ministro Flávio Dino.
Caso Genivaldo
Conforme a denúncia do Ministério Público, a vítima morreu asfixiada depois de ser colocada no compartimento de presos da viatura da PRF, onde os agentes lançaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Populares acompanharam a cena e gravaram o momento, que viralizou nas redes sociais e gerou indignação.
O juiz de primeiro grau decretou a prisão preventiva dos policiais “para garantia da ordem pública, em razão da gravidade do fato e de indícios de reiteração criminosa específica”. Isso porque, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), dois dos três policiais envolvidos no caso foram indiciados por abordagem violenta dois dias antes da morte de Genivaldo.
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