Chikungunya: Mato Grosso do Sul tem recorde de casos e três mortes em 2023

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  • Post publicado:15 de julho de 2023

Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação alarmante em relação à chikungunya, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da zika. De janeiro até a primeira semana de julho, o Estado registrou 4.871 casos prováveis da doença, um número oito vezes maior do que o registrado em todo o ano de 2022 e o maior da série histórica, que começou em 2014.

Além do aumento expressivo de casos, a chikungunya também foi responsável por três mortes em 2023, nas cidades de Bela Vista, Dourados e Brasilândia. As vítimas tinham entre 43 e 70 anos e apresentaram complicações da doença, que não causava óbitos desde 2018 em Mato Grosso do Sul.

Dos casos prováveis, 1.197 foram confirmados por exames laboratoriais, sendo 38 de gestantes, que precisam de cuidados especiais. Dez municípios do Estado estão na faixa vermelha, com alta incidência da doença, considerando o número de casos confirmados e a população. São eles: Maracaju, Coronel Sapucaia, Brasilândia, Costa Rica, Guia Lopes da Laguna, Ponta Porã, Paranhos, Mundo Novo, Nioaque e Cassilândia.

A chikungunya é uma doença viral que provoca febre, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele e intensa dor nas articulações, que pode durar meses ou anos. Não há vacina nem tratamento específico para a doença, apenas medidas de alívio dos sintomas e prevenção contra o mosquito transmissor.

A melhor forma de evitar a chikungunya é eliminar os possíveis criadouros do Aedes aegypti, como recipientes que acumulam água parada. Também é recomendado usar repelentes e roupas que protejam a pele contra as picadas do mosquito.

Outras doenças

Mato Grosso do Sul também registra um aumento nas notificações de zika, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti. Em 2023, foram 138 casos prováveis, contra 32 em todo o ano de 2022, uma diferença de quatro vezes. Até agora, 43 casos foram confirmados da doença.

A zika pode causar febre baixa, dor nas articulações, coceira e vermelhidão nos olhos. Em gestantes, a infecção pelo vírus pode provocar microcefalia nos bebês.

Já a dengue continua sendo a doença mais frequente entre as transmitidas pelo Aedes aegypti em Mato Grosso do Sul. Em 2023, foram 41.712 casos prováveis e 31 mortes pela doença. A dengue pode causar febre alta, dor no corpo, náuseas e sangramentos.

As autoridades de saúde alertam para a necessidade de reforçar as medidas de combate ao mosquito transmissor e procurar atendimento médico em caso de suspeita das doenças.

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