Iunes aumenta gastos com comissionados e “conta” já chega a R$ 3,4 milhões por mês

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  • Post publicado:3 de junho de 2022

Corumbá (MS)- A verdadeira “festa” bancada com o dinheiro público utilizado para o pagamento de servidores comissionados na Prefeitura de Corumbá, vem batendo recordes subsequentes dentro da atual administração municipal, chefiada pelo prefeito Marcelo Iunes.

Os números extraídos do Portal da Transparência, mostram a forma voraz que mês após mês, os gastos empenhados pelo chefe do executivo corumbaense e destinados ao pagamento de um seu seleto grupo de beneficiados com cargos em comissão, avançam sobre os recursos públicos municipal.

Somente no mês de maio, o valor gasto em benesses para esses servidores alcançou a marca de R$ 3.404.775,67 (Três milhões, quatrocentos e quatro mil, setecentos e setenta e sete reais com sessenta e sete centavos). Ainda de acordo com informações do Portal da Transparência, atualmente são 556 comissionados.

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Gastos com comissionados chegou a R$ 3,4 milhões em maio

De janeiro a maio, já foram gastos mais de R$ 16 milhões reais às custas dos contribuintes corumbaenses para o financiamento do Staff nomeado ao Bel prazer do prefeito Marcelo Iunes.

Enquanto a população sofre com aumento do custo de vida, perdas salariais, além da alta taxa de desemprego que afeta sobremaneira a cidade, o grupo da “elite” comissionada e nomeados na prefeitura de Corumbá só aumenta.

E para quem já considera alto o custo para manter o conglomerado administrativo de Iunes, as projeções não são nada boas. Isso porque os gastos seguem em ritmo pujante de escalada e na comparação com o mesmo período do ano passado, registrou um aumento de 16,6%.

De janeiro a maio de 2021, o gasto registrado com o pagamento de comissionados era de R$ 14.308.866,49 e saltou para R$ 16.611.611,31 em 2022.

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Município mantém média de 556 servidores comissionados na gestão do prefeito Marcelo Iunes

Realidades diferentes

O aumento de gastos com servidores comissionados, contrasta com a realidade dos servidores da saúde que atuam dentro do único hospital público da região e é administrado por uma junta que, até pouco tempo, era indicada exclusivamente pelo chefe do executivo.

A atual decadência do setor reforça ainda as prioridades da administração Marcelo Iunes, que, enquanto eleva os gastos com o seleto grupo de servidores, observa inerte, a paralização de profissionais médicos que alegam falta de pagamento de dois anos de serviços prestados.

Não se manifesta em relação ao fechamento de setores importantes dentro da Santa Casa como a ortopedia, que suspendeu os atendimentos não emergenciais na unidade e os frequentes atrasos de pagamentos de médicos e enfermeiros.

A população sofre ainda com a suspensão de serviços essenciais de saúde, como o transporte de UTI aéreo e terrestre para pacientes, incluindo recém-nascidos, que necessitam de transferência para Capital por já sofrer com a falta de infraestrutura hospitalar e de especialidades médicas na cidade. Isso após a empresa contratada alegar calote de quase meio milhão de reais.

Maquina de Empregos

Desde que assumiu o comando da prefeitura de Corumbá em novembro de 2017, o atual prefeito Marcelo Iunes, vem recebendo críticas quanto ao número excessivo de nomeações em cargos de comissão.

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Gasto com nomeações batem recordes na prefeitura de Corumbá

O entusiasmo em empregar comissionados chamou a atenção do Ministério Público Estadual que abriu inquérito civil, para apurar supostas irregularidades na nomeação de pessoas que ocupam cargos comissionados na prefeitura de Corumbá, que estariam exercendo atribuições de chefia, direção e assessoramento, em desconformidade com o que estabelece a Constituição Federal.

A verdadeira máquina de empregos que se instalou na prefeitura rendeu ao chefe do executivo o recorde de nomeações registradas na história da cidade com 613 comissionados em abril de 2020. O custo para população somente com os nomeados de Iunes, chegou a superar a casa dos R$ 3 milhões de reais, e já era considerado extremamente alto naquela época em meio a uma crise e instabilidade financeira que se instalou sobre estados e municípios em todo Brasil em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

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