Corumbá (MS)- Imagens que circulam pelas redes sociais e grupos de mensagens na internet, mostram o flagrante de uma onça-pintada, caminhando nas margens da rodovia Ramão Gomez em Corumbá.
As cenas do felino que se movimenta com aparente tranquilidade, reforçam a campanha realizada pela Polícia Militar Ambiental e Governo do Estado, para os cuidados e maior atenção de motoristas que trafegam pelas rodovias do Mato Grosso do Sul para evitar atropelamentos.
O animal foi fotografado nas proximidades do antigo pedágio e na frente do prédio administrativo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo relatos, após caminhar um bom trecho da rodovia, a onça-pintada seguiu mata adentro em direção a Baia do Jacadigo.
Segundo o Capitão Valente, comandante da Polícia Militar Ambiental de Corumbá, o fato já é de conhecimento do batalhão que acompanha a situação.
Ele ressalta que em casos como este, a orientação principal é a liberação da rota de fuga do animal, além de redobrar a atenção no trecho para evitar atropelamento.
“A orientação é liberar rota de fuga para o animal, sem a presença da imprensa e monitoramento até ela voltar pro seu habitat (mata), embora ali já é o habitat dela”
Captura é a última opção
O comandante da PMA de Corumbá destaca ainda que a equipe está atenta em caso de necessidade de qualquer tipo de intervenção, mas que este seria o último recurso a ser utilizado.
“A equipe está atenta, mas só vai intervir em último caso, como ali é habitat dela, diferente se ela tivesse entrado dentro de algum cômodo, ou terreno, ali ela está na natureza”, pontuou.
Cheia
O grande volume de chuva que em 2023 tem mudado o cenário de seca observado nos últimos três anos no Pantanal, pode contribuir para o surgimento mais frequente de animais silvestres em áreas mais próximas da região urbana.
Valente no entanto, destaca que este não é um fator predominante para a ocorrência, e lembra que Corumbá, está dentro do cenário pantaneiro, sendo por vezes rota frequente desses animais.
“Na verdade, a cheia ela muda o cenário, onde era rota antes, hoje pode não ser, como se estradas fossem criadas à todo o tempo, é muito dinâmico. Os animais se movimentam em busca de alimento então a cheia pode ser um fator sim, mas não é predominante até porque a cidade de Corumbá está dentro do Pantanal e este sim é o maior motivo dessas situações ocorrerem”, concluiu.