O assassinato do estudante Carlos Daniel Maldonado, 19 anos, dentro da Escola Municipal Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, no distrito de Albuquerque, no dia 07 de agosto, foi bastante debatido durante sessão ordinária da Câmara Municipal essa semana, e levou o vereador Haroldo Cavassa a solicitar da Prefeitura de Corumbá, adoção de medidas necessárias e urgentes, para garantir a segurança dentro do ambiente escolar.

Haroldo explicou que episódios como esse não podem se repetir e nem permanecer gerando “reflexos negativo incentivando a evasão escolar pela insegurança. Por isso mesmo estamos solicitando informações em relação às medidas que eram tomadas para evitar situações de violência no ambiente escolar, e se, após o ocorrido dentro da escola em Albuquerque, novas medidas serão adotadas para assegurar a integridade e educação das pessoas nas unidades de ensino”, destacou.

Diante disso, o vereador requereu o secretário de Educação, Genilson Canavarros, com cópia ao prefeito Marcelo Iunes, todas as informações referentes ao episódio. Haroldo lembrou que a pasta da Educação realizou a acolhida no retorno das atividades na segunda-feira, 12.

“Em que pese a acolhida e reunião com os mais atingidos ser um significativo passo e uma importante ação no retorno das atividades, após o ocorrido, entendo que outras medidas  são necessárias, tendo em vista que o acontecimento reflete, direta e indiretamente, em áreas de segurança, assistenciais e da saúde, quando pode vir a desencadear problemas psicológicos”, explicou.

O vereador lembrou que, para entender causas e consequências de situações de violência como o ocorrido, é preciso se conhecer as questões relacionadas ao tema, como os diferentes tipos de violência (física, verbal, simbólica) e suas manifestações; a perda da função socializadora da instituição de ensino (os valores da cultura e a ausência de legitimidade do professor); as relações entre violência e a formação dos professores.

É preciso se conhecer também as características das escolas que apresentam os maiores índices de casos de violência; as relações entre a violência e o desempenho dos alunos; o bullying; as relações com o contexto familiar dos alunos; os valores que tem norteado as diferentes práticas sociais no ambiente escolar, como também o papel da escola e da educação diante de uma sociedade com características violentas.

“A educação é um processo de construção coletivo, instrumento essencial na formação de cidadãos, e a escola deve ser um ambiente que incentiva a troca de valorosos conhecimentos, solidariedade, empatia e diálogo. A situação não merece um tratamento superficial e ‘meramente isolado’, devendo ser em tendido o problema desde a sua raiz”, continuou.

“Aqui não se busca uma visão sensacionalista do fato ocorrido, contudo, fatos como esse não podem e não devem se repetir. Sendo assim, em parceria, busco entender soluções para esse problema, levando a pensar se o que precisamos é o reforço de segurança nas escolas, diálogo, construção de muros mais altos, palestras, alteração nos horários de aula, entre outros”, comentou.

Haroldo argumento ainda que o “ocorrido trouxe reflexos negativos para as famílias residentes no Distrito de Albuquerque e, para não propagar desarmonia e insegurança, estamos, nesse primeiro momento, buscando informações e esclarecimentos sobre o assunto”, completou.