Os baixos índices de umidade relativa do ar registrados em Corumbá no último domingo, 04 de agosto, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou níveis entre 12% e 15%, impulsionaram a Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil a emitir orientações para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar e cuidados com o ambiente.
Nos períodos de longa estiagem característicos do final do inverno, a umidade do ar cai muito e fica mais alta nos dias quentes de verão, por causa da evaporação que ocorre depois das pancadas de chuva.
Há que se preocupar com a umidade do ar relativa porque ela representa uma variável meteorológica que pode afetar o organismo de todos os seres vivos. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.
De acordo com a mesma instituição, índices de umidade relativa do ar entre 20% e 30% caracterizam estado de atenção, quando a umidade está entre 12 e 20%, é considerado estado de alerta; e o estado de emergência é caracterizado por índices de umidade relativa do ar inferior aos 12%.
Quanto mais alta a temperatura e mais úmido o ar, mais lenta será a evaporação do suor, que ajuda a dissipar o calor e a resfriar o corpo.
Tempo seco demais e baixa umidade do ar causam danos maiores. Além de dificultarem a dispersão de gases poluentes, que agravam a situação, provocam o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a crises de asma e a infecções virais e bacterianas.
Baixa umidade do ar deixa também o sangue mais denso por causa da desidratação e favorece o aparecimento de problemas oculares e alergias. Mesmo quando a temperatura sobe, o ar seco faz seus estragos, pois acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele.
Quanto mais quente o ar nos períodos nos períodos de longa estiagem, menor a umidade do ar. O horário crítico, em geral, ocorre entre 15h e 16h. Quando o nível cai para menos de 30%, os prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes: dor de cabeça, rinites alérgicas, sangramento nasal, garganta seca e irritada, sensação de areia nos olhos que ficam vermelhos e congestionados, ressecamento da pele, cansaço.
As variações climáticas vão continuar acontecendo e de algum modo afetando o nosso organismo. No entanto, cabe a nós tomar algumas precauções que podem preservar nossa saúde e melhorar a qualidade de vida especialmente nos períodos em que a umidade do ar está baixa. Confira as orientações:
Como amenizar efeitos da baixa umidade do ar
Cuidados pessoais
Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
Evite a prática de exercícios físicos entre 10h e 16 h;
Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
Aproveite o vapor produzido pela água quente durante o banho para lubrificar as narinas.
Cuidados com o ambiente
• Ponha toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos aposentos, principalmente nos quartos de dormir;
• Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções oportunistas das vias aéreas;
• Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes;
• Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Se não for possível utilizar aspiradores, utilize panos úmidos;
• Ligue os ventiladores de teto para cima. Ligados para baixo, levantam a poeira que se mistura no ar que você vai respirar;
• Deixe o carro em casa, sempre que possível; aproveite para dar uma caminhada quando for percorrer distâncias menores;
• Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção.