Wilson Luiz Seneme deu novos passos em direção à reformulação que pretende fazer na comissão de arbitragem da CBF, setor que chefia desde o início de abril. Nesta segunda-feira, foram oficializados os desligamentos de dez funcionários, que tinham cargos de comando na arbitragem brasileira. As mudanças também fazem parte de um conjunto de medidas que estão sendo postas em prática pelo presidente Ednaldo Rodrigues.
Entre os demitidos estão nomes importantes, como Sérgio Corrêa, ex-presidente da comissão de arbitragem (2007-2012, 2014-2016) e que era responsável pelo VAR, Manoel Serapião, que fazia análise sobre o desempenho dos árbitros, coronel Marcos Marinho, que foi levado para a CBF por Marco Polo Del Nero, e o ex-árbitro José Roberto Wright. A informação foi obtida inicialmente pelo ge.com e confirmada mais tarde pela reportagem do Estadão.
Outros nomes que não farão mais parte do quadro de funcionários da CBF estavam ligados à logística, funcionamento do VAR e desenvolvimento e relacionamento com os árbitros: Almir Alves, Érika Krauss, José Mocellin, Nilson Monção, Marta Magalhães e Cláudio Cerdeira.
Wilson Luiz Seneme deixou claro em seu início de trabalho e no breve contato que teve com a imprensa que fará importantes alterações na arbitragem brasileira para modificar sua imagem, perante os torcedores, clubes e jogadores.
Algumas orientações já foram passadas para os árbitros, que estão prezando por um jogo mais fluido, sem tantas interferências do árbitro de vídeo. Seneme também deve diminuir o número de juízes que atuarão na divisão de elite do Campeonato Brasileiro e deixar apenas os melhores.
“A gente gostaria que a arbitragem não fosse lembrada após os jogos. A gente gostaria que os outros segmentos do futebol lembrassem dos gols bonitos, das jogadas maravilhosas, e que se falasse pouco da arbitragem. O grande objetivo dos árbitros é influenciar os resultados dos jogos o mínimo possível. Essa é a nossa busca”, declarou Seneme ao Estadão após ser empossado no novo cargo.