Governo busca compensação junto ao FCO do Pantanal para recuperar prejuízos com queimadas

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Combate aos incêndios no Pantanal
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  • Post publicado:5 de dezembro de 2020

Com várias agendas em Brasília, o governador Reinaldo Azambuja propôs ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, nesta semana, uma linha de crédito de R$ 240 milhões do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) específica para recomposição dos prejuízos causados pela estiagem e pelas queimadas aos empreendimentos turísticos e às propriedades com atividades pecuárias, localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul e também de Mato Grosso.

“Foi uma reunião muito produtiva e que tecnicamente ainda vai ser discutida no âmbito da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) para levar esses recursos para o Pantanal, pela importância da região”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

O FCO é um fundo de crédito para empresas e produtores rurais criado pela Constituição Federal de 1988 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal e dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a expectativa é de que o Condel (Conselho Deliberativo do Sudeco) aprove o pedido da alocação de 4% dos recursos do FCO para o Pantanal na reunião da próxima segunda-feira (7).

queimadas ibama

“Temos o apoio do Estado do Mato Grosso e acreditamos que na reunião do dia 7 a gente consiga essas aprovações para o exercício de 2021. Isso é importante, pois temos uma necessidade de recomposição de matrizes, recomposição de pasto e cercamento nas propriedades atingidas não somente pelas queimadas, mas pela seca mais intensa no Pantanal”, disse Verruck.

Rio Taquari

Outro projeto discutido com o ministro Rogério Marinho foi a revitalização do rio Taquari. A Secretaria Nacional de Bacias Hidrográficas é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional. Reinaldo Azambuja e Jaime Verruck apresentaram o levantamento do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) sobre os impactos ambientais. O governador também solicitou a criação de um comitê da Bacia do Rio Taquari.

“Apresentamos a necessidade da criação de um comitê federal da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, instituído pelo ministério e pela ANA [Agência Nacional de Águas]. Como o Taquari foi definido como prioritário, apresentamos um estudo finalizado pelo Imasul, agora com levantamento de custos, junto à secretaria nacional de bacias hidrográficas”, acrescentou Jaime Verruck.

Sul-fronteira

Também na terça-feira (1º), o governador pediu ao relator Marcio Bittar (AC) a inclusão da MS-165, chamada de Sul-fronteira, no Orçamento Geral da União de 2021, além da aquisição de patrulhas para a agricultura familiar em Mato Grosso do Sul. A rodovia margeia a fronteira do Brasil com o Paraguai ligando os municípios de Ponta Porã e Mundo Novo. Atualmente, duas frentes de trabalho estão trabalhando entre Aral Moreira e Paranhos.

“Tivemos uma reunião muito proveitosa aqui em Brasília. Discutimos alguns assuntos de interesse do Brasil, mas em especial de Mato Grosso do Sul, como a rodovia Sul-fronteira, que margeia com o Paraguai, as patrulhas que nós queremos distribuir aos municípios para potencializar o apoio à agricultura familiar, as estradas vicinais e tivemos aqui uma atenção muito especial do meu amigo, senador Marcio Bittar, de apoio aos pleitos e aos pedidos do povo sul-mato-grossense”, afirmou o governador.

Segundo ele, a obra de asfalto é extremamente importante para segurança pública para a região fronteiriça e pode também atrair investimentos de empresas e indústrias e fomentar a geração de empregos e renda.

O senador Marcio Bittar assumiu o compromisso de avaliar os pedidos. “O Brasil tem 27 governadores. Lá do Acre, que eu sou senador da República, sou aliado do governador. Mas dos 27 eu tenho um que eu tenho amizade, que é o governador Reinaldo Azambuja, e eu tenho uma dívida de gratidão com Mato Grosso do Sul. Fui morar aí ainda quando era Estado uno, Mato Grosso, depois veio a divisão. Minha mãe até hoje mora em Campo Grande”, comentou.

Projetos estratégicos

Reinaldo Azambuja participou ainda de reuniões com o coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad, e com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. No encontro com o senador, o governador pediu apoio para a pavimentação da MS-165 e para outros projetos estratégicos. Já com a ministra, Reinaldo Azambuja discutiu convênio na área da agricultura familiar, priorizando regularização fundiária.