Na última semana, unidades prisionais de Mato Grosso do Sul receberam a visita do juiz Rafael Wolff, representante da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). O objetivo foi acompanhar a implementação do programa “Ajufe por um Mundo Melhor”, iniciativa voltada à ressocialização por meio da educação e capacitação profissional.
A ação conta com o apoio do Instituto Mundo Melhor (IMM), que viabiliza os cursos gratuitos oferecidos pelo projeto. As oportunidades abrangem diversas áreas, como educação, saúde, administração, empreendedorismo, informática, línguas e governança doméstica.
Segundo o magistrado, a intenção é proporcionar aprendizado real às pessoas privadas de liberdade, criando condições para poderem retornar ao mercado de trabalho e se reintegrar à sociedade.
Expansão do projeto e impacto esperado
Com a adesão de Mato Grosso do Sul, o estado se torna o 15º a participar do programa, ampliando seu alcance e possibilitando capacitação para cerca de 20 mil custodiados, além de servidores do sistema prisional, colaboradores e familiares dos internos.
Os cursos oferecidos incluem formações tradicionais, como hotelaria, administração e informática, além de áreas mais específicas, como cuidados com idosos, culinária, gestão e saúde da mulher. Também há módulos voltados para o desenvolvimento pessoal, abordando temas como inteligência emocional, liderança, ética, empreendedorismo e sustentabilidade.
Capacitação para profissionais do sistema penitenciário
Segundo a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, está sendo elaborado um Termo de Colaboração Mútua para viabilizar a oferta dos cursos nas unidades que contam com laboratórios de informática.
A fase inicial do projeto prevê a capacitação dos policiais penais responsáveis pela área educacional nos presídios, garantindo que estejam preparados para atuar conforme as diretrizes do “Por um Mundo Melhor”.
Estrutura das unidades facilita implementação
Durante sua visita, o juiz Rafael Wolff elogiou a infraestrutura dos presídios do estado. Segundo ele, as unidades já contam com salas de informática equipadas e cabeamento pronto, permitindo a rápida implementação dos cursos para os internos.
O programa reforça a importância da educação como ferramenta de transformação, demonstrando que, mesmo no ambiente prisional, é possível criar novas oportunidades e caminhos de reintegração.
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