O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta terça-feira (1º) a Operação Copertura, que apura crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão nos municípios de Miranda, Campo Grande e Sidrolândia, após decisão judicial relacionada ao inquérito.
Esquema investigado
As apurações indicam a existência de uma organização criminosa atuante desde 2020 em Miranda, manipulando licitações por meio de propostas de “cobertura” apresentadas por empresas conluiadas. Segundo o MPMS, algumas dessas empresas não possuíam sequer sede ou funcionários, mas venciam contratos públicos para fornecimento de materiais de construção, gêneros alimentícios, produtos de limpeza, informática, kits escolares, entre outros.
A investigação também aponta a participação de agente público no esquema fraudulento, considerado decisivo para a atuação do grupo.
Apoio policial
A operação contou com o apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), ambos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.
Origem do nome
O nome “Copertura”, de origem italiana, significa “cobertura”, em alusão à prática de apresentar orçamentos falsos para favorecer previamente a empresa escolhida em processos licitatórios.