Uma gravação divulgada pelo Jornal Midiamax revelou que a diretora da Unei (Unidade Educacional de Internação) Pantanal de Corumbá, cidade localizada a 444 km de Campo Grande, incentivou a violência contra internos da unidade. Em um áudio de uma reunião com funcionários, a diretora foi flagrada orientando que os agentes batessem nos adolescentes, mas que não deixassem marcas para evitar sindicâncias.
Na conversa, a diretora citou um caso em que um agente havia batido em um interno sem deixar marcas e elogiou a atitude, dizendo que o jovem mereceu e que o agente não havia contado para ela. Ela ainda afirmou que não queria ver adolescentes machucados na unidade e que os agentes deveriam bater na sola do pé para não deixar marcas, ou mesmo nos órgãos genitais.
A gravação, realizada em agosto de 2022 com equipes plantonistas da Unei Pantanal, também revelou que a diretora não queria que os adolescentes fossem levados para assistente social ou psicóloga. Segundo o Portal da Transparência, a diretora recebe um salário de R$ 8.700 e tem 25 anos de serviços prestados.
Após a divulgação da gravação, a Superintendência de Assistência Socioeducativa da Sejusp (Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública) instaurou uma sindicância preliminar para apurar os fatos, que já está em fase de relatório final. A denúncia foi feita pelo Ministério Público de Corumbá.
A Sejusp emitiu uma nota ao jornal Midiamax onde confirma que a sindicância foi instaurada e já está em fase de conclusão.
“A Superintendência de Assistência Socioeducativa da Sejusp recebeu a denúncia do Ministério Público de Corumbá e, de imediato instaurou sindicância preliminar para apurar os fatos, sendo que o procedimento encontra-se em fase de relatório final, cujo resultado será remetido ao MP (Ministério Público).”
SEJUSP
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