Sem pressa: Justiça adia pela 3ª vez julgamento de Marcelo Iunes por Corrupção

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  • Post publicado:11 de junho de 2024

Campo Grande (MS)- Pela terceira vez consecutiva, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) adiou, o julgamento do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, do servidor comissionado Marconi de Souza Junior, conhecido como Macaco, e da ex-secretária-adjunta de Saúde, Mariluce Gonçalves Leão.

O julgamento por corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral contra o atual prefeito de Corumbá, estava agendada para esta terça-feira, (11), após ter sido adiada por outras duas vezes, mas foi novamente adiada, sem apresentação de justificativa.

A sessão que supostamente deverá ocorrer o julgamento de Marcelo Iunes e também de outros dois servidores municipais apontados como articuladores do esquema de compra de votos que operou na cidade, segundo a Polícia Federal nas eleições de 2020, irá ocorrer no dia 18 de junho.

Prefeito de Corumbá, Marconi Junior e Mriluce Leão
Prefeito de Corumbá Marcelo Iunes e os servidores Marconi Junior e Mariluce Leão foram indiciados pela Polícia Federal

Inquérito da Polícia Federal

A ação é fundamentada em um inquérito da Polícia Federal, que interceptou Marconi ao sair do diretório de campanha eleitoral do PSDB em Corumbá. Com ele, foram encontradas planilhas contendo números de título de eleitor, seções e zonas eleitorais de diversos eleitores corumbaenses, além de R$ 7.750,00 em espécie, listas com informações pessoais e materiais de campanha do Prefeito de Corumbá Marcelo Iunes e do candidato a vereador Yussef Salla. Também foram encontradas cópias de requisições de exames médicos e de assistência para pacientes.

Acusações da Procuradoria Regional Eleitoral

A Procuradoria Regional Eleitoral denunciou o prefeito por crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral, visando garantir votos para sua reeleição em 2020. A denúncia alega que Iunes cometeu pelo menos 31 crimes eleitorais com a colaboração de Marconi e Mariluce Gonçalves.

As práticas ilícitas incluíam a compra de votos por meio da distribuição de dinheiro, cestas básicas, remédios e a antecipação de exames e procedimentos médicos, facilitados por um laboratório pertencente ao irmão e à esposa do prefeito. Marconi era apontado como o operador do esquema.

Tentativa de Destruição de Provas

Quando foi detido pela Polícia Federal, Marconi tentou destruir seu aparelho celular durante a condução à delegacia, mas a quebra de sigilo telefônico revelou indícios de uma associação criminosa. Esta associação era composta por agentes públicos e políticos que praticavam crimes eleitorais, com foco na compra de votos em Corumbá.