Puerto Quijarro (BO) — O presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Mario Rodríguez Ojopi, foi enviado para a prisão preventiva no presídio Bahía, em Puerto Suárez, após ser acusado de envolvimento na morte de um homem durante os protestos sobre a realização do Censo Populacional e Habitacional de 2022.
A decisão foi tomada pela Justiça após uma audiência cautelar realizada no domingo, 22 de outubro de 2023, quase um ano depois do fato.
Segundo o Ministério Público, Rodríguez Ojopi é responsável pelos crimes de homicídio, lesões corporais, instigação pública à prática de crime e apologia ao crime. Segundo a Polícia, ele teria participado dos confrontos entre manifestantes a favor e contra as mobilizações que ocorreram em 16 de outubro de 2022, no primeiro dia do ato convocado.
Na ocasião, um homem identificado como Julio Taborga foi morto em Puerto Quijarro. A vítima, segundo apuração policial, não tinha relação com os protestos. Outras pessoas ficaram feridas no conflito.
Rodríguez Ojopi foi preso na última quinta-feira por policiais da Força Especial de Combate ao Crime (Felcc) quando estava em uma loja. Ele foi levado para a delegacia e depois transferido para as celas da Felcc, onde ficou até a audiência.
Cívico nega os crimes
Mario Rodríguez Ojopi nega que tenha cometido qualquer ato de ilegalidade durante a realização dos protestos que pediam a realização do censo no país.
Durante a audiência realizada neste domingo, Rodriguez acusou os funcionários da prefeitura de Quijarro de terem dado início ao confronto, enquanto grupos cívicos levantavam os bloqueios na região da fronteira.
Ele ainda destaca que as autoridades municipais sequer foram alvos de investigação no caso e relatou que uma granada, lançada pela própria polícia boliviana, teria sido a responsável pela morte de Julio Pablo Taborga.