A Receita Federal do Brasil vai realizar uma nova licitação para conceder a permissão de construção e operação de um Porto Seco na fronteira entre Corumbá e Ladário. A permissão terá a duração de 25 anos e a Audiência Pública para apresentar o projeto será no dia 15 de agosto.

O Porto Seco é um terminal alfandegado que oferece serviços de armazenagem, movimentação e despacho aduaneiro de mercadorias. O objetivo é facilitar o comércio exterior e reduzir os custos logísticos.

Segundo o Estudo Sintético de Viabilidade Técnica e Econômica, a área total útil para construção do Porto Seco é de 142,3 mil m², podendo se expandir para 170,4 mil m² após 11 anos. O investimento estimado é de R$ 149,2 milhões.

O delegado da Receita Federal em Corumbá, Erivelto Moyses Alencar, explicou que a cidade já possui um terminal desse tipo, mas que o contrato venceu em 2018. Por isso, há a necessidade de fazer uma nova licitação.

Ele afirmou que acredita que o novo local seja instalado na fronteira, em Corumbá ou Ladário, e que as empresas interessadas em participar da licitação terão que buscar uma área com condições de construção. Ele destacou que o novo Porto Seco terá mais estrutura, mais equipamentos e uma tarifa menor.

O delegado também ressaltou a importância do Porto Seco de Corumbá para o Brasil, especialmente para a região Centro-Oeste. Ele disse que 85% das exportações do Centro-Oeste saem por Corumbá, utilizando vários modais de transporte. Ele acrescentou que o posto aduaneiro no município também gera renda e emprego para as famílias, empregando cerca de 150 pessoas.

O Porto Seco de Corumbá é um dos 66 terminais alfandegados existentes no Brasil, sendo o único na fronteira com a Bolívia. O terminal movimenta principalmente produtos siderúrgicos, minérios, carnes e grãos.

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