Parceria entre governo e instituto gera crédito de carbono pela conservação do Pantanal

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  • Post publicado:30 de maio de 2023

Corumbá (MS)- O Pantanal ganhou nesta terça-feira, 30 de maio, o primeiro projeto com certificação de crédito de carbono no bioma. O “REDD+ Serra do Amolar” é uma parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Programa Conexão Jaguar, que visa conservar 135 mil hectares de floresta e proteger a biodiversidade da região.

O projeto foi lançado em Corumbá, pelo governador Eduardo Riedel, trazendo a afirmação de que o Estado tem a meta de neutralizar suas emissões até 2030. O Governador elogiou a iniciativa inédita e disse que o Pantanal tem potencial ambiental e econômico.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, o projeto vai gerar créditos de carbono pela redução do desmatamento e da degradação florestal na área. Esses créditos poderão ser vendidos a empresas que precisam compensar suas emissões de gases de efeito estufa. Os recursos serão usados pelo IHP para reforçar a conservação do bioma.

Para o presidente do IHP, Coronel Ângelo Rabelo, o projeto é um marco para o futuro do Pantanal. Ele disse que o trabalho é fruto de quatro anos de esforços e que tem como objetivo promover a sustentabilidade e o bem-estar das comunidades locais.

O projeto REDD+ Serra do Amolar é o primeiro no mundo a ser certificado em áreas úmidas. Ele faz parte do Programa Conexão Jaguar, que apoia nove iniciativas de conservação na América Latina e tem potencial para reduzir 7 milhões de toneladas de CO2.

serra do amolar
O “REDD+ Serra do Amolar” é uma parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Programa Conexão Jaguar

Certificação

O projeto REDD+ Serra do Amolar certifica créditos de carbono relativos as ações para evitar o desmatamento e degradação do Pantanal, com um modelo de conservação ambiental que conta com atividades de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa e ainda promove ações de proteção da biodiversidade, em especial a onça-pintada.

conservacao onca pintada

Estas atividades desenvolvidas geram créditos comercializáveis no mercado voluntário de carbono, mostrando que o desenvolvimento sustentável no Pantanal pode gerar fontes de renda, junto a sua proteção e cuidado com o meio ambiente.

A certificação do projeto foi concedida pela Verra, que é uma organização sem fins lucrativos que opera padrões nos mercados ambientais e sociais, incluindo o principal programa de crédito de carbono do mundo, o Programa VCS (Verified Carbon Standard).

A iniciativa é a primeira no mundo em área úmida e faz parte da política estadual promovida em Mato Grosso do Sul que é tornar o Estado “carbono neutro” até 2030.

Para se chegar a este reconhecimento deve-se comprovar: 1º) que o desmatamento deixou de acontecer; e 2º) o compromisso com o cuidado com a biodiversidade.

Rita de Cássia Guimarães Mesquita, secretária nacional do Meio Ambiente, parabenizou a iniciativa realizada em Mato Grosso do Sul.

“Estou na região dos pioneiros, que abre caminhos novos. Este projeto traz esta dimensão e um legado para as próximas gerações”.

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