Acusados de matar jovem com mangueira de ar comprimido são condenados a 12 anos de prisão

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  • Post publicado:31 de março de 2023

Campo Grande (MS)- Os réus Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena foram condenados a 12 anos de prisão pelo homicídio qualificado doloso de Wesner Moreira, ocorrido há seis anos em um lava-jato de Campo Grande. Apesar da condenação, a dupla irá responder em liberdade até que se esgotem todos os recursos.

Ao Jornal Midiamax, a mãe de Wesner, Marisilva Moreira da Silva, afirmou que “Meu luto, virou luta“. Ela ainda contou que não conseguiu dormir na noite anterior ao julgamento e passou a noite acordada a base de chás e orando muito. Marisilva revelou que o coração dela ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital junto do filho e falou da alegria do julgamento ter sido marcado, já que os autores achavam que nada ia acontecer.

A mãe de Wesner ainda relembrou a brutalidade do caso e disse que os autores alegaram que era uma “brincadeira”, mas que deveriam ter feito entre eles. Emocionada, a mulher lembrou que Wesner faria 24 anos no próximo dia 7 de junho e que a morte do filho tirou dela o sonho de ter netos.

Familiares e amigos de Wesner lotaram o plenário do Júri e a mãe fez uma oração antes do veredito ser anunciado. Apesar da condenação, a família e amigos de Wesner ainda aguardam por justiça completa.

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Acusados saindo pela porta da frente após ganharem direito de responder em liberdade (Foto: Ana Oshiro / Midiamax)

‘Dois idiotas’ e pegadinha

Em determinado momento do júri, a defesa que insistia na tese de que tudo não passou de uma brincadeira infeliz, exibiu pegadinha do programa Silvio Santos para tentar alegar que os acusados estariam apenas reproduzindo brincadeiras que viram na TV.

Atuaram na defesa os advogados Ricardo Trad Filho, Francisco Martins Guedes Neto e Abdala Maksoud Neto.

Já o advogado Francisco Guedes afirmou que a denúncia é cruel, irresponsável e “cheia de achismos”. “Dois idiotas, isso eles são, infelizes por brincarem da forma como ocorreu, mesmo sem ter consciência do que podia gerar. Mas monstros? Assassinos cruéis?”, disse.

O advogado ainda afirmou que isso poderia ter acontecido com qualquer um. Ele ainda enfatizou que tudo não passou de uma brincadeira. “Brincadeiras idiotas acontecem sempre”, reafirmou.

Além disso, o advogado chegou a exibir vídeos de ‘pegadinhas’, para exemplificar o que seria considerado uma brincadeira.

“Foi uma brincadeira. Mas houve introdução da mangueira? Não houve. Isso foi invencionismo do Ministério Público e da imprensa”, finalizou.

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