Trajado com roupas pretas e um braçadeira que expunha o símbolo em alusão ao nazismo, um jovem de 17 anos foi detido pela Polícia Militar de São Paulo, após explodir uma bomba caseira no banheiro de uma escola, localizada na cidade de Monte Mor. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o adolescente chegou a atirar o artefato por uma janela e provocou a explosão de um vaso sanitário. Houve duas explosões no local, mas ninguém ficou ferido.
O rapaz apreendido pela polícia por defender uma bandeira que prega o massacre de judeus e pessoas não brancas não conseguiu adentrar à escola. Defender o nazismo se enquadra como crime de racismo.
De acordo com o Código Penal, a pena para quem comete o crime identificado pelo número 7.716/89 é de reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.
Artefatos
Além das bombas caseiras, segundo informações do UOL, o jovem portava um simulacro de arma de fogo, garrafas amarradas e cheias de combustível. Esses artefatos foram pegos pela polícia. Ainda conforme a publicação, ainda não há informações se o infrator tem relações com o colégio.
Os alunos foram dispensados das aulas e a escola vai passar por uma limpeza, não havendo data para o retorno das atividades. A rua onde se localiza a instituição também foi interditada. Segundo a prefeitura de Monte Mor, a situação já foi contida.
A Diretoria de Ensino de Capivari, responsável pela administração da escola, informou em nota oficial que está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações.
A polícia também encontrou, na residência do adolescente, uma arma de airsoft e materiais alusivos ao crime do nazismo. De acordo com a a SSP, o computador que jovem usava também foi apreendido para perícia. O veículo utilizado na ação, um Peugeot preto, foi localizado pela polícia.