Chuva desmancha “asfalto novo” no centro de Corumbá e empresa culpa drenagem

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  • Post publicado:28 de setembro de 2022

Corumbá (MS)- Concluída há cerca de 45 dias, as obras executadas pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (AGESUL), na requalificação e substituição das lajotas por asfalto da região central de Corumbá, não resistiu a primeira chuva.

Bastou algumas horas de precipitação mais moderada, para o asfalto que já vinha sendo batizado pela população como “casquinha de ovo”, literalmente se desmanchar.

As imagens feitas pela reportagem do Folha MS, mostram que o serviço, literalmente não condiz com o valor, de quase oito milhões de reais (R$ 7.989.323,42) empenhados pelo Governo do Estado para empresa Equipe Engenharia.

Comerciantes e moradores ouvidos pela reportagem disseram que desde a execução da obra, era perceptível a má qualidade, tanto do serviço como do material utilizado.

“Não tinha como o resultado ser diferente, não precisa ser engenheiro para ver que o que estavam fazendo não ia prestar, não aguentou uma chuva, do que adianta asfaltar se não refizeram a drenagem, todo mundo que trabalha e vive aqui sabe que esse ponto sempre deu problema, agora vem, joga um asfalto novo em cima de uma galeria velha? não prestou!”, argumentou o comerciante.

“Se a gente soubesse que iam trocar as lajotas por essa porcaria de asfalto, era melhor deixar como estava antes” afirmou o morador da região

O vereador Nelson Dib esteve no local registrando as imagens quase surreais, de um asfalto recém feito, esfarelado. “Isso aqui é asfalto eleitoreiro”, disse, se referindo a realização da obra feita às pressas na véspera da eleição.

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A reportagem do Folha MS entrou em contato com a AGESUL que informou ter tomado conhecimento do fato e relatou que a drenagem já existente no local não suportou o volume de chuva que caiu sobre a cidade

Segundo informações repassadas ao Folha MS, técnicos da empresa estiveram no local e identificaram uma fissura na drenagem que não foi realizada pela empresa, além de acumulo de sujeira que promoveu o entupimento da galeria e posteriormente o dano ao pavimento.

 À princípio, a drenagem existente no local, que não estava no escopo da obra executada pela Agesul, não suportou o volume de água da chuva que caiu sobre a cidade nesta quarta-feira (28) e refletiu no pavimento. O contrato ainda está vigente e a empresa está no local para avaliar a causa do problema e solucionar.

Galeira
Empresa registrou sujeira nas bocas de lobo e fissura na galeria que não teria sido contemplada pela obra

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