Implantação de novas ferrovias em MS deve abrir mais de 30 mil postos de trabalho

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  • Post publicado:26 de janeiro de 2022

Pelo menos 30 mil empregos devem ser gerados com a implantação das duas ferrovias já autorizadas em Mato Grosso do Sul dentro do Ministério da Infraestrutura (Minfra). Os projetos se referem a Nova Ferroeste, que vai ligar Maracaju a Dourados, com 76 km; e para a Eldorado Brasil Celulose, de 89 km, que construirá uma ferrovia entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, orçada em R$ 890 milhões. Juntos, somente estes dois empreendimentos logísticos terão investimentos próximos de R$ 5 bilhões e a previsão é de que as obras comecem entre 2023 e 2024.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), as perspectivas são bastante animadoras, pois um dos ganhos com as ferrovias do Mato Grosso do Sul, através das leis e autorizações, é a garantia de quase R$ 5 bilhões de investimentos.

“São praticamente R$ 1 bilhão, somente no trecho de Três Lagoas a Aparecida do Taboado. Já nos 345km do trecho sul-mato-grossense da Nova Ferroeste, que vai de Maracaju até Mundo Novo, são mais de R$ 4 bilhões, totalizando assim, R$ 5 bilhões a serem investidos nos próximos anos no Mato Grosso do Sul”, informa Jaime Verruck.

O titular da Semagro destaca ainda a ampla geração de empregos prevista com as duas obras. “Temos a perspectiva sobre a geração de emprego direto e indireto podendo superar mais de 30 mil vagas. Este é o grande ponto de desenvolvimento e geração de emprego que as ferrovias poderão trazer ao Estado”, acrescentou Verruck.

Novos investimentos já têm garantias

A malha ferroviária autorizada pelo governo federal a pedido da Eldorado Brasil Celulose, trata-se de um investimento privado, já contemplado no plano de negócios da empresa. O trecho previsto é de 89 km de ferrovia nova, a ser construída para o transporte da celulose produzida na fábrica.

“Eles farão o aporte. É uma malha nova privada que será construída do zero, com investimento previsto de R$ 890 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão. A empresa já iniciou as tratativas junto ao Ministério da Infraestrutura e espera-se que em pouco tempo sejam homologados os termos de regulamentação sobre o funcionamento e os prazos”, lembra o assessor de logística da Semagro, Lúcio Lagemann.

No caso da Nova Ferroeste, os investimentos necessários para a construção da ferrovia serão viabilizados por meio de leilão na Bolsa de Valores (B3). Todos os passos necessários para a oferta do projeto a grupos e fundos de investimentos nacionais e internacionais já foram dados pelos governos de Mato Grosso do Sul e do Paraná. O mais recente, de acordo com Lagemann, foi a entrega do EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), da ferrovia ao Ibama.

“Agora nós vamos começar a marcar as audiências públicas nos municípios da área de influência da ferrovia. Então assim, aqui no Mato Grosso do Sul a gente deve ter até duas audiências públicas. Mas ainda não foram determinados os locais, nem sobre a questão do impacto ambiental. Esse mesmo rito também vai se aplicar depois na questão da Eldorado”, explica o assessor Logístico da Semagro.

Somente no primeiro trecho já autorizado da Nova Ferroeste, de 76 km, ligando Dourados a Maracaju, os investimentos superam R$ 1,2 bilhão. Lagemann ressalta, no entanto, que essa nova malha terá 345 km, passando por 8 municípios do Estado. “É um trecho bem longo de ferrovia e que vai permitir o escoamento de uma série de produtos de importância econômica para a cadeia produtiva estadual”, concluiu.

Para o titular da Semagro, a reativação da malha ferroviária estadual é uma realidade já que as obras já estão protocoladas no Minfra. “Esse foi um grande avanço do marco legal das ferrovias, desregulamentando e criando novas possibilidades de investimentos privados. Foi um trabalho intenso que nós fizemos junto ao Congresso Nacional, junto a ministra Tereza, ao ministro da infraestrutura e que culminou com o novo marco regulatório do Brasil”, finaliza Jaime Verruck.