Mortes de onças-pintadas por envenenamento no Pantanal são investigadas pela PF

Você está visualizando atualmente Mortes de onças-pintadas por envenenamento no Pantanal são investigadas pela PF
onças foram encontradas por pesquisadores com sinais de envenenamento
  • Autor do post:
  • Post publicado:5 de agosto de 2021

Corumbá (MS)- A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5), a fase ostensiva da Operação Yaguareté, que visa apurar a suspeita de envenenamento de onças-pintadas em fazendas localizadas no Pantanal sul-mato-grossense.

De acordo com informações, até o momento 20 carcaças de animais encontrados sem vida e com suspeita de morte não natural foram analisadas e apontado fortes indícios de envenenamento em decorrência de ação humana.

Foram cumpridos ao todo quatro mandados de busca e apreensão, sendo três deles em fazendas na região de Corumbá e um na área urbana do município de Campo Grande.

Acompanhe as notícias do Folha MS também no Instagram 📷

 

 

O nome “OPERAÇÃO YAGUARETÉ” faz referência à língua indígena Guarani, na qual “YAGUARETÉ” significa Onça Pintada.

A Delegacia da Polícia Federal em Corumbá mantém canal de denúncias anônimas através do e-mail uip.cra.ms@pf.gov.br e do telefone (67) 99131-9355. Caso saiba de informações sobre este ou outros casos de competência da PF entre em contato.

Mortes

Em junho deste ano, pesquisadores do Instituto Reprocon (Reprodução para Conservação), encontraram duas onças-pintadas e outros 17 animais, entre urubus, gavião carcará, cachorro-do-mato e centenas de moscas, todos mortos, em meio ao Pantanal de Corumbá.

De acordo com informações, a suspeita é de uso indevido de defensores agrícolas proibidos dentro do mercado brasileiro.

carcaca

Entre os felinos, estava um jaguar macho adulto de aproximadamente 140 quilos encontrado ao acaso no caminho para a localização da onça pintada “Sandro”, que até então recebia monitoramento via colar de radiotelemetria e GPS pelo Reprocon. Ambos não possuíam marcas de tiro, briga ou outros sinais de abatimento. A missão de busca pela coleira aconteceu no último fim de semana.

Conforme Pedro Nacib, 36 anos, pesquisador e médico veterinário do instituto, no início de maio o colar havia acusado a morte de Sandro – isso por meio de análise de padrões de movimentação da onça. Entretanto, só foi possível ir presencialmente até o local no sábado do dia 12 de junho – um mês depois. Foi então que o outro felino não-monitorado pelo Reprocon, além de outros 17 animais, foram todos encontrados mortos.