Polícia prende pai e filho acusados de pelo menos 30 mortes na fronteira

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Pai e filho, apontados como autores de pelo menos 30 crimes de pistolagem na fronteira de Mato Grosso do Sul nos últimos anos, foram presos ontem (16) no distrito de Sanga Puitã, município de Ponta Porã.

Wanderley Antunes Pinto, 68, e o filho dele, Renan Antunes Pinto, 33, foram apontados como autores do assassinato do pecuarista e advogado José Atanásio Lemos Neto, de 73 anos, ocorrido no dia 25 de outubro do ano passado no município de Bela Vista.

Por causa desse crime, que chocou a população da pequena cidade da fronteira, onde Atanásio era bastante conhecido, pai e filho foram presos ontem em força-tarefa envolvendo policiais civis da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Homicídios), da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Ponta Porã.

Entretanto, o Campo Grande News apurou que a lista de mortes atribuídas aos Antunes Pinto é extensa. “Eles têm um monte de mortes nas costas, são assassinos, pistoleiros da pesada, das antigas”, afirmou policial da fronteira.

De acordo com o delegado Marcio Shiro Obara, da DEH, pai e filho foram presos em investigações sobre crimes de homicídios em Ponta Porã. Contra eles foi cumprido mandado de prisão temporária, após serem identificados como autores do assassinato de José Atanásio Lemos Neto.

O crime ocorreu no por volta de 9h do dia 25 de outubro do ano passado na Fazenda Ás de Ouro, na zona rural de Bela Vista. Segundo Marcio Obara, Renan aguardou a chegada da vítima no curral e ao se aproximar sacou o revólver e disparou três tiros contra o pecuarista. Atingido no pescoço e no rosto, Atanásio morreu no local.

Conforme a investigação policial, Wanderley pilotou a moto para a fuga de Renan. “As diligências prosseguem para completa apuração dos fatos bem como identificação de demais envolvidos”, afirmou o delegado, em nota. A reportagem apurou que as equipes policiais estão na região de Bela Vista. O objetivo é prender o mandante do crime.