Depois de ameaça feita pelo presidente regional do PSDB de que enfrentariam a Comissão de Ética do partido, dois dos três deputados estaduais que votaram contra projeto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) reduzindo os salários dos professores não compareceram à reunião realizada na noite desta segunda-feira (29) na sede da legenda, em Campo Grande.
Somente Onevan de Matos (PSDB) esteve presente, por integrar a executiva regional. Rinaldo Modesto (PSDB), que justificou o voto contrário ao projeto do governador por sua trajetória como professor, informou que estaria fora na cidade. Já Marçal Filho (PSDB) disse não ter sido chamado para reunião.
Os tucanos realizaram a reunião mensal da executiva, que ocorre toda última segunda-feira do mês, onde trataram de questões partidárias. E aproveitaram para escolher como novo presidente da Comissão de Ética o presidente da Acrisul (Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul), Jonatan Barbosa.
Na reunião da comissão, estiveram presentes os cinco titulares e cinco suplentes e o secretário geral do partido em MS, Rogelho Massud Júnior. O novo presidente de ética do PSDB garantiu, contudo, que não há nenhuma denúncia nem previsão de instauração de procedimento em relação à conduta dos deputados, que foram alvo de puxão de orelha do partido após a votação.
‘Cada um com sua pena
Jonatan adiantou, contudo, que se houver algum tipo de interpelação sobre a conduta dos parlamentares, a apuração será rápida. E detalhou que cada um terá julgamento separado, com um relator por processo de infidelidade. A regra vale tanto para os deputados que deram voto contrário ao partido quanto para qualquer outro tucano que se recusar a seguir as orientações. “Cada um com sua pena, cada um com seu julgamento”, enfatizou.