Os focos de queimada em Corumbá registraram uma queda de 50% na última semana, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre os dias 24 e 30 de junho, foram contabilizados 13.357 focos de incêndio, um número significativamente menor em comparação com as 26.233 ocorrências registradas na semana anterior.
Apesar da melhora parcial, especialistas alertam que o cenário ainda é crítico. O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, reforça a gravidade da situação: “Mesmo com a redução, a situação ainda é muito preocupante. Sobrevoei uma grande área e, de forma geral, ainda existem pontos que exigem atenção redobrada”.
Um sobrevoo realizado na região do Maracangalha, distante cerca de 1h30 de barco do Rio Paraguai, registrou na tarde desta segunda-feira, incêndios de grandes proporções que não estavam sendo registrados no período da manhã.
No intuito de combater as chamas e proteger o bioma, ações conjuntas estão em curso. Dois helicópteros do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e quatro aviões Air Tractor, já operam na região. Reforços de brigadistas também estão chegando para auxiliar no combate aos incêndios.
O mês de junho foi marcado por altos e baixos na luta contra as queimadas em Corumbá. Entre os dias 3 e 9, o número de focos de incêndio atingiu o menor patamar do mês, com 11.772 registros. No entanto, a partir do dia 10, a situação se agravou consideravelmente. Entre os dias 10 e 16, foram contabilizados 21.255 focos, enquanto na semana seguinte (17 a 23 de junho) o número saltou para 26.233.