A Polícia Civil divulgou novas informações sobre a morte do vendedor Valério Encina, de 47 anos, assassinado com 14 facadas na madrugada da última quinta-feira, no Jardim Leblon, em Campo Grande. De acordo com o delegado Edemilson José Holler, da 6ª Delegacia, uma travesti é a principal suspeita do crime.
“A vítima tinha o costume de se relacionar com travestis daquela região”, disse Holler. Ao que tudo indica, depois de sair de casa, Valério passou em ponto de travestis para marcar programa, no entanto, houve desentendimento e ele acabou esfaqueado. “A gente quer encontrar ela para saber o que realmente aconteceu”, pontuou.
Ainda de acordo com o delegado, o laudo de impressões digitais do carro, que tem prazo de dez dias para ser feito, deve ficar pronto até sexta-feira. O resultado deve auxiliar na identificação dos envolvidos. Além disso, a polícia ainda aguarda laudo necroscópico que vai confirmar se os ferimentos do corpo estão relacionados com uma faca apreendida a 400 metros do local.
Outras possibilidades como dívida e vingança não foram totalmente descartadas, em razão da quantidade de facadas desferidas contra Valério, que foi atingido no tórax, braço, pescoço e rosto. Nesta semana o companheiro dele deve ser ouvido e o caso deve seguir sendo investigado em segredo de Justiça.
Conforme já noticiado, antes de ser assassinado, o vendedor havia saído por volta das 4 horas da madrugada de sexta (18) para comprar bebidas alcoólicas não retornando para casa. Câmeras de segurança de uma farmácia, que fica na rua Clineu Moraes da Costa gravaram o momento em que Valério já ferido perde o controle do carro e sobe na calçada.
Um motorista de aplicativo que passava pelo local e achou a situação estranha acionou o Corpo de Bombeiros ao ver a vítima ferida no interior do veículo, um Ford Fiesta. Após ser acionada, a polícia verificou que documentos pessoais, carteira e bens de valor encontravam-se no veículo, sendo descartada a hipótese de roubo.