A aeronave que conduzia o deputado federal Chiquinho Brazão, envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018, pousou às 10h41 desta quarta-feira no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Acompanhado por um contingente significativo de policiais, Brazão foi transferido para Mato Grosso do Sul em uma operação coordenada pela Polícia Penal Federal em parceria com o Cenappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) do Ministério da Justiça. Mais de uma dezena de agentes e quatro viaturas foram mobilizados para a operação, com o apoio adicional de uma unidade da Polícia Militar.
O parlamentar foi detido no último domingo durante uma ação da Polícia Federal, juntamente com seu irmão, o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), Domingos Brazão. Ambos são apontados como mandantes do assassinato de Marielle Franco. Além deles, encontra-se sob custódia o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de planejar o crime.
Chiquinho Brazão, anteriormente detido em Brasília, está sendo transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, onde já se encontra Ronnie Lessa, responsável pelos disparos fatais contra Marielle Franco. Lessa, após firmar um acordo de delação premiada no qual revelou os mandantes do crime, deverá ser transferido para o Rio de Janeiro.
Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, viajou na mesma aeronave, mas seguirá para Porto Velho (RO) em um outro jato, onde será mantido sob custódia no presídio federal.
A operação que culminou com essas prisões recebeu o nome de Operação Murder, Inc. e foi realizada em conjunto pela PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo MPF-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e pela PF (Polícia Federal). As investigações estavam a cargo da PF desde fevereiro do ano anterior, após cinco anos de incertezas e dificuldades.
*Com informações Campo Grande News