A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a crescer, inclusive entre bolsonaristas. Em agosto, atingiu o maior índice da série da Pesquisa Genia/Quaest de 2023, divulgada nesta quarta-feira (16/8), chegando a 60%, na quarta edição do levantamento.
O dado ficou nove pontos percentuais acima do piso de abril, de 51%. Na primeira edição do ano, em fevereiro, a aprovação de Lula era de 56%, mesmo percentual de junho. Enquanto isso, a desaprovação do chefe do Executivo recuou de 42%, em abril, para 35%, em agosto.
De acordo com o levantamento da Quaest Consultoria e Pesquisa, a melhora dos indicadores do presidente está relacionada à percepção sobre a economia. Para 34% dos entrevistados, a economia melhorou nos últimos 12 meses. E, para 59%, ela vai continuar melhorando nos próximos 12 meses. Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 35% estão otimistas.
Conforme os dados da pesquisa encomendada pela Genial Investimentos para a Quaest, a aprovação do presidente registrou maior crescimento no Sul, região reconhecidamente antipetista, onde a aprovação subiu 11 pontos percentuais entre junho e agosto, passando de 48% para 59%. No Sudeste, a aprovação passou de 51% para 55% na mesma base de comparação. Enquanto isso, a reprovação de Lula entre os eleitores do Sul recuou de 49% para 38%.
Entre os eleitores evangélicos, cuja maioria votou majoritariamente em Bolsonaro, a aprovação superou a desaprovação, pela primeira vez na série, passando para 50% e 46%, respectivamente.
Elogios ao Plano Safra e ao Desenrola
Dois programas destacaram-se como positivos para a maioria dos entrevistados: o Plano Safra, de financiamento à agricultura, aprovado por 79%; e o Desenrola, voltado para a renegociação de dívidas, com 70% de aprovação.
Ao serem questionados sobre a avaliação do governo, 42% consideraram positivo, acima dos 37% de junho. Outros 24% consideraram o governo negativo, dado abaixo dos 27% de junho. No eleitorado de Bolsonaro, o cerne da oposição a Lula, 51% avaliam mal o governo. Em abril, eram 60%.
O levantamento ainda mostrou melhora na percepção dos entrevistados em relação às notícias sobre o governo de Lula. Na comparação com a edição de junho, o percentual dos que dizem ter ouvido mais notícias positivas do que negativas subiu de 32% para 38%. Entre notícias positivas em menção espontânea, destacaram-se o Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 para cada criança (9%) e a diminuição dos preços (8%). Já a notícia mais negativa destacada pelos entrevistados foi a de que o presidente não faz o que promete e é corrupto.
A pesquisa da Quaest ouviu, de forma presencial, 2.029 eleitores em 120 municípios selecionados entre os dias 10 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Confira alguns recortes da pesquisa abaixo: