São Paulo – A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou a morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, uma das vítimas do ataque a faca ocorrido na manhã desta segunda-feira (27/3), na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.
O autor do atentado é um aluno de 13 anos, que foi apreendido pela polícia e levado para a delegacia. Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo um aluno e três professores. Duas delas foram identificadas como Rita de Cássia Reis, de 67 anos, e Ana Célia Rosa, de 58 anos. Todos foram levados ao hospital.
“Nós temos quatro professoras e dois alunos vítimas. Das quatro professoras, a Elizabeth, lamentavelmente, faleceu”, disse o secretário Guilherme Derrite, que foi para a escola após o ataque.
Derrite destacou ainda a atuação de uma professora para conter o agressor. Ela entrou em luta corporal com o adolescente e conseguiu desarmá-lo.
“Precisamos destacar o ato heroico de uma professora de Educação Física, a professora Cinthia. Foi ela que imobilizou o agressor e fez com que a arma branca, a faca, fosse retirada dele. Não fosse a ação dessa professora, essa ação teria sido muito pior”, disse o secretário.
Como foi o ataque
O atentado ocorreu por volta das 7h20, de acordo com a Polícia Militar. O adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da Escola Estadual Thomazia Montoro. Ele entrou em duas salas de aula, com a faca em mãos e usando uma máscara preta, e golpeou uma das professoras pelas costas.
Pais se desesperaram na porta do colégio em busca de informações sobre os filhos. Alunos relataram momentos de pânico durante o ataque. Contaram que, quando a confusão começou, eles correram e se esconderam. Estudantes e professores reforçaram as portas com cadeiras, para que o adolescente não entrasse.
“Não teve nenhuma criança que se machucou gravemente, foram apenas ferimentos leves para as crianças. É difícil saber as motivações [do ataque]. Essa escola vinha sendo atendida pela ronda escolar. A ronda escolar veio em três minutos após ter sido acionada”, disse o secretário da Educação, Renato Feder.
Segundo o secretário, o agressor já tinha sido transferido da escola e retornou à unidade neste mês. “Durante o período de permanência, a diretora não tinha nenhum aviso, não tinha ciência de nada que chamasse a atenção. A escola foi pega desprevenida”, afirmou.