Campo Grande (MS)- Laudo da Perícia da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, atestou que a pequena Sophia, já estava morta há pelo menos sete horas, quando deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Coronel Antonino em Campo Grande.
Segundo a Polícia Civil, laudo necroscópico aponta que a criança morreu entre 9 e 10 horas da manhã, no dia 26 de janeiro.
Stephanie mãe da criança, só chegou à UPA, por volta das 17 horas daquele dia. Ao passo em que avança a investigação contra o casal acusado pela morte da menina, detalhes cada vez mais impressionantes, deixam perplexos até mesmo quem já está acostumado a lidar com situações de crimes e crueldade.
Conforme divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 06 de fevereiro, a quebra do sigilo telefônico da mãe e padrasto da menina, revelou que o casal tramou um plano para mentirem sobre o que de fato teria ocorrido com a criança.
“Constatamos que havia uma conversa entre a mãe e o padrasto que eles tentavam arquitetar o que dizer à polícia, tentando ludibriar”, afirmou a delegada Anne Karine Trevizan, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Segundo a delegada, a conversa havia sido por celular. Dois telefones, um computador e um pen drive foram apreendidos na casa onde o casal vivia, na capital. Os materiais ainda estão sendo periciados.
Em parte do material analisado, é possível afirmar que o casal sabia da morte da menina antes de leva-la para atendimento médico. “Inventa qualquer coisa, diga que ela caiu no parquinho”, escreveu ele, padrasto da criança.
Em outro trecho da conversa além da fala de Christian sobre a queda no parquinho, ele ainda faz ameaças. “Ou fala a verdade e eu vou me matar; ou fala a verdade eles vão me prender”, consta. “Eles sabiam que ela estava morta e a levaram para a UPA”, disse a delegada.
Oito pessoas foram ouvidas, até o momento. Entre elas, a avó de Sophia, que afirmou à polícia que desconfiava da mãe da criança ter participado das agressões. Ela e o marido foram presos no mesmo dia da morte da menina. Christian Campoçano Leithein, o padrasto, estava em casa e afirmou que já esperava pela polícia, quando equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) chegou ao local.