Pacientes relatam falta de medicamentos na farmácia municipal de Corumbá

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  • Post publicado:8 de agosto de 2022

Corumbá (MS)- O caos que se instalou na saúde municipal de Corumbá, parece mesmo não ter fim. A reclamação da precariedade no atendimento público municipal ofertado à população através do Pronto-Socorro é só um dos problemas enfrentados diariamente pelos pacientes que necessitam do sistema público de saúde na cidade.

Na manhã desta segunda-feira, 08 de agosto, pelo menos quatro pacientes denunciaram a falta de medicamentos de uso contínuo e indispensáveis no tratamento médico a que são submetidos.

Após relatos de uma verdadeira peregrinação nos pontos de distribuição de medicamentos da cidade, UPA, Pronto-Socorro e Farmácia Municipal, pacientes retornam de mãos vazias para casa.

“Olha está realmente uma pouca vergonha a saúde da nossa cidade. Agora na farmácia não tem sequer dipirona, é o que mais receitam, tudo é dipirona e nem isso a gente tem”, disse Benedita Saucedo.

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Pacientes retornam para casa sem receber medicação de uso contínuo

Diogo Mendes relatou que foi a três unidades de saúde para buscar o remédio para mãe que é hipertensa e recebeu a mesma resposta; não tem a medicação.

“Minha mãe toma esse remédio diariamente, não pode ficar sem e por incrível que pareça, não é encontrado em nenhuma farmácia dos postos. E agora o que uma pessoa que já vive com um salário mínimo faz? Deixa de comer para comprar? Ela tem os filhos que vamos dar um jeito e comprar, mas quem não tem?” indagou.

Maria Helena de 67 anos, é outra paciente que voltou de mãos vazias para casa na manhã desta segunda-feira, depois de procurar a medicação que faz uso contínuo na farmácia do Pronto-Socorro.

“Deve ser por isso que a cidade não para de abrir farmácia. Todo medicamento que a gente busca na farmácia municipal não encontra, vamos fazer o que? O jeito é comprar”, disse.

Em uma rápida consulta ao site da prefeitura, é possível identificar a falta de pelo menos 37 medicamentos, mas o número, segundo os pacientes é maior, já que remédios que não constam como ausente no site, não estariam sendo encontrados nos postos e na farmácia central.

A reportagem do Folha MS procurou a Prefeitura de Corumbá que justificou a falta de medicamentos por meio da nota a seguir:

O desabastecimento de medicamentos essenciais ao cuidado à saúde, em todos os níveis de atenção, é fruto de uma conjuntura que engloba diversos fatores como:

* Descontinuidade da produção de alguns fármacos pela indústria para priorizar medicamentos com maior demanda gerada pela pandemia da Covid-19;

* disseminação de epidemias, notadamente de síndromes respiratórias e doenças virais;

* Falta de matéria-prima em decorrência da guerra da Ucrânia e do lockdown da China, que impacta tanto a fabricação do ingrediente farmacêutico ativo, quanto a chegada ao país dos estoques já adquiridos, parados na origem pelo fechamento dos portos chineses;

* Necessidade de substituir os medicamentos em falta, o que gera um efeito cascata, dificultando o acesso aos fármacos que substituem aqueles com o abastecimento mais crítico.

O fornecedor da losartana informou que está sem matéria-prima. O mesmo caso da dipirona. Então são medicamentos que estão sem previsão para normalizar               

  • Confira abaixo a lista de medicamentos disponíveis e indisponíveis de acordo com informações da Secretaria de Saúde de Corumbá