A Polícia Civil indiciou por homicídio o policial militar Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos, que matou com um tiro o bioquímico Júlio Cesar Cerveira Filho dentro de uma sala de cinema, em um shopping de Dourados (MS), no dia 8 de julho. O inquérito foi finalizado na quinta-feira (18) e a defesa afirma que irá recorrer.
De acordo com a Polícia Civil, foram ouvidas 20 testemunhas e feitas oito perícias, sendo constatado que a briga entre suspeito e vítima já tinha acabado quando o tiro foi disparado. O policial está no Presídio Militar Estadual, em Campo Grande, desde o dia 12.
Crime
O policial e o bioquímico estavam com seus filhos para assistir a um filme infantil quando começaram a discutir por causa da poltrona que faziam uso. Eles brigaram e então houve o disparo que atingiu Júlio no tórax e o matou na hora. A sala de cinema estava cheia. Oitenta e cinco ingressos tinham sido vendidos.
A arma usada pelo policial era uma pistola ponto 40, sem registro, que o militar alegou à Polícia Civil que “usava-a de vez em quando”.
“Ele alega que [a pistola] era de seu pai, da reserva do Corpo de Bombeiros, que faleceu há 2 anos e ele ficou com a arma. Em razão da arma ser leve, portátil, usava-a de vez em quando, já que a arma disponibilizada pela PM [uma Imbel MD7] é extremamente pesada”, diz o depoimento tomado pelo delegado Rodolfo Daltro.
Câmeras de segurança do cinema registraram a briga. As imagens mostram o desentendimento entre o policial e a vítima até o momento em que se dirigem à porta do cinema, onde entraram em luta corporal seguida pelo disparo, mas não havia câmeras neste ponto do cinema.