Um investigador da Polícia Civil, lotado na Delegacia de Sidrolândia, interior de Mato Grosso do Sul, foi preso, acusado de estuprar uma detenta na noite da última segunda-feira, 11 de abril.
A vítima, uma mulher de 28 anos, confirmou à delegada responsável pelo caso, que foi violentada pelo investigador e forneceu maiores detalhes sobre o caso.
Segundo ela, o estupro teria ocorrido dentro da Sala Lilás, o local foi elaborado e instituído pela Polícia Civil, justamente para prestar um melhor atendimento à mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.
Imagens registradas pelas câmeras da delegacia, mostram o momento em que o investigador retira a mulher de dentro da cela e repassa um celular para que ela entregue aos demais internos.
Segundo informações, o aparelho teria sido fornecido aos presos para que os mesmos não contassem sobre o ocorrido.
Logo em seguida a mulher contou que foi levada para sala onde foi obrigada a manter relações sexuais com o homem sem consentimento.
O caso só foi descoberto, depois que os demais presos teriam ouvido a mulher chorar a noite toda e então contado sobre o estupro.
Os próprios presos solicitaram a presença da delegada no dia seguinte e relataram o caso. Os detentos ainda teriam questionado o investigador, porém ele respondeu que nada tinha acontecido.
O autor tentou negar o crime e disse que teria retirado a interna da cela porque ela estaria com sangramento devido a menstruação, mas a versão foi desmentida pela vítima.
Reincidente
Em depoimento, a mulher contou ainda que esta não teria sido a primeira vez que o investigador a forçava manter relações sexuais sem consentimento. No dia 04 de abril, a mulher disse que o mesmo investigador teria a retirado da cela e a levado para um quarto onde havia uma beliche e um banheiro. Na oportunidade o investigador também teria a estuprado.
Após o crime, a mulher foi obrigada a tomar banho. O policial também ameaçou a vítima naquela ocasião, dizendo que iria atrás dela “até no inferno”, caso ela contasse sobre os estupros para alguém. As filmagens mostram o momento em que a vítima foi retirada da cela na segunda-feira, e que retorna aproximadamente 20 minutos depois.
O celular foi entregue pelo policial aos presos por volta das 19h30. A interna que dividia cela com a vítima foi ouvida como testemunha e também confirmou que a colega foi retirada da cela. O policial civil foi preso em flagrante.
O policial está preso em uma cela da 3ª Delegacia de Campo Grande.