Corumbá (MS)- Três dias de agonia e sofrimento. Assim foi a experiência do trabalhador Alcir Gromosk, de 33 anos, que desde a última sexta-feira, 18 de março, estava internado na Santa Casa de Corumbá, à espera de atendimento especializado após sofrer uma fratura exposta na perna.
Segundo informações apuradas pela reportagem do Folha MS, a vítima teria sido socorrida por militares do Corpo de Bombeiros após sofrer um acidente de trabalho em uma fazenda no Pantanal.
Familiares da vítima relataram que Alcir sofreu três fraturas na perna e necessitaria de uma cirurgia que não estaria sendo realizada na Santa Casa de Corumbá, pois, segundo informações, médicos ortopedistas não estariam realizando cirurgias devido a falta de pagamentos dos salários que estariam atrasados.
Reportagem do Folha MS publicada em fevereiro de 2022, mostrou a situação de greve anunciada pelos profissionais que alegaram a falta de pagamentos há pelo menos dois anos.
Sem conseguir atendimento em Corumbá, Alcir Gromosk precisou de uma transferência para Campo Grande. A vaga, no entanto, só foi confirmada neste domingo, 20 de março.
Sem uma justificativa plausível para ausência de atendimento em uma especialidade de grande demanda como a ortopedia, bem como para falta de pagamento dos profissionais médicos, a Santa Casa de Corumbá se limitou a dizer que o paciente recebeu assistência ao longo da sua permanência na unidade e que a tempo de liberação da vaga depende da Central de Regulação para que a transferência pudesse ocorrer.