Corumbá (MS)- Uma enfermeira de 31 anos, procurou a Delegacia de Polícia Civil na última sexta-feira (10), para denunciar a agressão sofrida por parte de um servidor identificado como sendo diretor administrativo da Santa Casa de Corumbá.
De acordo com o documento, a que o Folha MS teve acesso, as agressões tiveram como motivação o fato da mulher ter cobrado o pagamento do salário referente ao mês trabalhado e que até a data do registro da ocorrência não teria sido pago.
Aos policiais, a vítima contou que o referido diretor não teria gostado da cobrança e passou a agredi-la verbalmente e posteriormente teria a empurrado segurando com força seus braços. Em ato contínuo, ainda teria ordenado que funcionários da Santa Casa a expulsassem do local sem motivos e sem direito a defesa. No boletim a vítima informou o interesse em representar criminalmente contra o autor.
A reportagem do Folha MS conseguiu contato com a vítima que pediu para não ser identificada, mas confirmou as agressões sofridas e que foram narradas no boletim de ocorrência.
Ela contou que trabalhou por quase dois anos na linha de frente ao combate da pandemia e junto com outros servidores, teria sido demitida recentemente. EM contato com os colegas de trabalho foi informada de que todos já teriam recebido os vencimentos referentes ao pagamento do salário do mês trabalhado, menos ela.
Foi aí que decidiu telefonar para o setor de Recursos Humanos da unidade que repassou o caso ao financeiro.
“O setor disse que não poderia passar informações por telefone e pediu que eu fosse até lá. Quando cheguei, não souberam explicar os motivos do não pagamento do meu salário e falaram que somente o administrador é quem teria condições de esclarecer o que teria ocorrido”, disse.
Muito abalada, a mulher contou que então foi até o diretor que a recebeu de forma ríspida e agressiva.
“Ele começou a gritar comigo, e me humilhar na frente das pessoas, me expôs e quando perguntei sobre o pagamento do meu salário me empurrou com força segurando pelos braços. Quando mandou que me tirassem de lá, os funcionários ficaram sem reação, todos me conhecem, não tinha motivo para essa agressividade, mas temendo pelo emprego me encaminharam para fora, nunca fui tão humilhada” contou.
Ainda segundo a vítima, um áudio gravado com o teor de toda discussão será entregue na delegacia da Polícia Civil que irá apurar o caso. Ela foi orientada a buscar ajuda na Delegacia Regional do Trabalho.
A reportagem tenta contato desde sexta-feira com a administração da Santa Casa, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve retorno.