Brasília (MS)- Nem mesmo o atual cenário de crise financeira que vem colocando cada dia mais brasileiros a viver novamente abaixo da linha da miséria, foi suficiente para sensibilizar os nobres deputados federais quanto a necessidade de direcionar os recursos públicos para ações de assistência popular.
Enquanto mendiga recursos para aplicação em ações de assistência social e até mesmo na saúde, brasileiros terão que arcar com um aumento de quase R$ 4 bilhões de reais que deverão ser repassados aos partidos políticos para serem utilizados em nada mais nada menos do que campanhas eleitorais.
A verba de R$ 1,7 bilhão que neste momento já pesava no orçamento público, será de R$ 5,7 bilhões em repasses feitos ao chamado “Fundão Partidário”.
Sem ter sequer a decência de atribuir o voto aberto, aquele que o cidadão teria ao menos o direito de saber como votou cada parlamentar, a votação seguiu em separado de forma simbólica.
Os deputados ignoraram os pedidos suscitados pelo Partido Novo, que solicitava a exclusão deste aumento de verba da Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas a solicitação foi ignorada e o texto-base previamente debatido colocado para apreciação dos parlamentares que tiveram pudor em aprovar com 278 favoráveis e 145 contrários.
A oposição também reclamou das emendas do relator-geral do Orçamento, por acreditar que elas precisam de maior transparência. Deputados do PT ainda pediram um reajuste maior para o salário mínimo, que segundo a LDO será de R$ 1.147 no ano que vem.
Apenas os deputados contrários ao incremento orçamentário se manifestaram em plenário, os que foram a favor não tiveram sequer a coragem de se manifestar e justificar o voto.
Agora, a proposta será analisada pelos senadores, na mesma sessão do Congresso, para aprovação (ou não) em definitivo do que muitos já batizaram de “O golpe do Fundão”.
Os congressistas só poderão entrar de férias após a votação completa da LDO.