Com foco na pesca predatória, PMA inicia operação no feriado prolongado

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A Polícia Militar Ambiental (PMA) irá começar a operação de repreensão à pesca predatória no feriado prolongado (fim de semana e Independência do Brasil). Os 130 militares usarão drones para monitorar os rios de Mato Grosso do Sul. 

Conforme divulgou a PMA, a operação começa amanhã (4) às 8h e vai até às 8h de terça-feira (8). A operação tem como objetivo prevenir e repreender aos crimes e infrações ambientais no Estado.

Os policiais estarão na fiscalização exclusiva às atividades que trabalham de alguma forma com recursos pesqueiros na operação denominada “Big Fish II”, a qual teve sua primeira fase, durante a operação Corpus Christi ocorrida em junho, quando foram autuadas 24 pessoas por pesca ilegal. 

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Na operação passada também foram fiscalizadas mais de 20 toneladas de peixes em peixarias em diversos municípios.

A decisão dessa segunda fase da operação Big fish para agora, deu-se em função da coincidência do feriado do dia 7 de setembro e porque a PMA tem percebido que as atividades de pesca estão praticamente normalizadas, apesar da pandemia.

A retirada de petrechos ilegais dos rios, tem sido uma das principais preocupações da PMA, relativamente à pesca predatória, pois o uso desses petrechos proibidos como as redes de pesca, espinhéis, anzóis de galho e uso de tarrafas, pelo alto poder de captura e possuem grande poder de depredação de cardumes. 

Os policiais que trabalharão na primeira fase da operação, como tem sido feito em outras opções terão atenção especial à retirada desses materiais ilegais.

A manutenção da fiscalização e retirada desses petrechos precisam ser constantes, tendo em vista, a grande capacidade de captura e ocasionamento de mortes dos peixes, pois, os elementos armam o material pela madrugada e ficam somente conferindo, quando não observam presença da fiscalização, o que torna a prisão dos elementos que armam os petrechos ilegais muito difícil, devido ao pouco tempo que ficam nos rios.

O uso de drones no monitoramento das áreas de rios onde se concentram os cardumes tem sido eficiente na fiscalização no combate. O uso desses aparelhos é importante, em virtude de que muitos pescadores que praticam pesca predatória possuem uma rede de informantes, para avisarem via telefone e, às vezes, até com fogos, quando os Policiais saem para a fiscalização nos rios, o que torna difícil a prisão dos infratores.

Essa tecnologia também tem sido fundamental para o combate e levantamentos de outros crimes. Como por exemplo, a fiscalização das áreas de ninhos de papagaios. O uso das imagens dos drones, em alguns casos, permite a identificação dos elementos, mesmo que fujam, por características físicas pessoais e das embarcações, ou veículos utilizados. 

Dessa forma, sendo identificados, responderão pelos crimes e infrações cometidos.

FISCALIZAÇÃO A OUTROS CRIMES AMBIENTAIS

Apesar de o foco ser a pesca, com os policiais trabalhando praticamente exclusivo com a fiscalização preventiva e repressiva à pesca predatória, a PMA fiscaliza o ambiente como um sistema complexo em que todos os entes são importantes e precisam estar equilibrados e, portanto, cuidados. 

Dessa forma, todas as 26 Subunidades com mais 190 Policiais farão o atendimento de denúncias e a fiscalização preventiva com relação aos desmatamentos, exploração ilegal de madeira, incêndios, às carvoarias ilegais e ao transporte de carvão e de outros produtos florestais, caça, o combate ao transporte de produtos perigosos, poluição, bem como demais crimes contra a flora será intensificado, especialmente o tráfico de papagaios neste período preocupante.