VÍDEO: motoentregador que matou colega a tiros em lanchonete se entrega a polícia

No momento, você está visualizando VÍDEO: motoentregador que matou colega a tiros em lanchonete se entrega a polícia
  • Autor do post:
  • Post publicado:19 de agosto de 2020

Se entregou na manhã desta quarta-feira (19), Bruno César de Carvalho, de 24 anos, investigado pelo assassinato do colega de trabalho e motoentregador Emerson Salles da Silva, de 33 anos, ocorrido na semana passada, na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande. Ele teve a prisão decretada na noite desta terça-feira (18), pelo juiz da 2º Vara do Tribunal do Juri.

A advogada de defesa, Adriana Melo, disse ao Jornal Midiamax que as imagens que circularam do assassinato não mostram as agressões sofridas por Bruno desferidas por Emerson nem a discussão anterior aos disparos feitos contra a vítima, que morreu na Santa Casa da Capital. Segundo a advogada posteriormente estas imagens serão disponibilizadas.

Nesta terça (18) Bruno se apresentou à polícia, prestou depoimento e foi liberado. Ele contou que estava trabalhando há dois meses com Emerson, e que neste tempo vinha sofrendo com as ‘brincadeiras’ de mau gosto do colega e os dois estavam ‘tretando’ em mensagens pelo WhatsApp. Ele ainda afirmou que Emerson era muito violento e ficou com medo dele. Durante o depoimento, ele teria se mostrado arrependido.

No dia do crime, Bruno contou que chegou para trabalhar e Emerson já teria vindo para cima dele e foi neste momento em que tirou a arma da mochila mostrando para o colega afirmando que não queria usar o revólver calibre .32, mas os dois começaram a discutir e segundo o autor para se defender, ele atirou contra a vítima, que havia desferido socos contra seu peito. A arma havia sido comprada, segundo Bruno para sua defesa por medo da profissão que era perigosa. Ele não tinha porte. O revólver foi encontrado escondido em um terreno baldio, na Avenida Gury Marques.

Um dia antes do crime, na quarta-feira o autor teria levado a motocicleta para arrumar e, por isso, avisou que Emerson trabalharia sozinho. Assim, os dois já tiveram uma primeira briga, em que trocaram xingamentos. Já na noite do crime, o autor estava conversando com um funcionário da lanchonete e perguntou se era Emerson quem iria lá. “Tomara que ele nem venha, se não ele vai ter o dele”, teria ameaçado o colega, momentos antes de Emerson chegar ao serviço.

Assim, logo que Emerson chegou ele e o colega iniciaram a discussão e depois começaram a se agredir. Com isso os dois teriam trocado socos e ainda foram ‘apartados’ pelas pessoas que estavam ali, mas brigaram novamente.

Foi então que o entregador sacou a arma de fogo, que não se sabe ao certo se estava na cintura ou na mochila. Neste momento ele fez os primeiros disparos e a dona da lanchonete implorava para que ele não matasse Emerson. Mesmo assim, ele deu mais um disparo na cabeça da vítima.