Campo Grande (MS) – Com mais 322 exames positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 6.523. Foram registrados cinco óbitos, passando para 61 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul. As informações foram apresentadas nesta quinta-feira (25.06) em coletiva de imprensa on-line com autoridades estaduais.
Dos 6.523 casos confirmados, 3.109 estão em isolamento domiciliar, 3.191 estão sem sintomas e já estão recuperados e 166 estão internados, sendo 109 em hospitais públicos e 57 em hospitais privados. Três pacientes internados são procedentes de fora do Estado.
Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 37.372 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 27.271 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19, 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde, 1.496 exames aguardam resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 2.082 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.
Os dados publicados desde 19 de maio têm como fonte de dados o sistema de informações oficiais Sivep Gripe e E-SUS VE, alimentado pelos municípios. Eles estão sujeitos a alterações.
Os casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e coronavírus. O laboratório realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24 a 72 horas, após o recebimento das amostras.
Hospital de Campanha
O Governo de MS, a Secretária de Estado de Saúde e o Comitê de Operacional de Emergência do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (COE-HRMS) anunciam que a estrutura de retaguarda montada na sede da unidade hospitalar, conhecida como Hospital de Campanha, já está em funcionamento na Capital.
A medida precisou ser tomada porque o sistema de leitos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul está sobrecarregado, considerando a taxa de ocupação de leitos críticos da unidade hospitalar é de 78,1%.
Para o titular da pasta, Geraldo Resende, a estrutura foi planejada ainda no início da pandemia no Estado, como medida preventiva. “Sempre ressaltei
que não queríamos chegar ao ponto de ter que usar este centro de triagem, porém nos organizamos para este momento. Este local será usado para os casos não relacionados à Covid-19. Com o atual cenário, o acionamento da tenda se torna inevitável. Esperamos que a população passe, agora, a colaborar para que a pandemia não avance ainda mais”.
Nesse momento as tendas passam por manutenção preventiva, os setores efêmeros começam a receber insumos e a área administrativa finaliza a montagem para os atendimentos. Porém, são ajustes que não impedem que o Hospital de Campanha levantado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) comece a receber os primeiros pacientes, na tarde desta quarta-feira (24.06).
A construção desta estrutura de retarguada, com início no mês de março, como estratégia para o enfrentamento da doença, teve que ser acionada para otimizar e melhorar a estrutura hospitalar do HRMS. Com 144 leitos de enfermaria, que não serão ocupados na sua totalidade, consultórios, laboratório e farmácia, a estrutura será utilizada para pacientes não COVID-19, mas que precisam de internação. As unidades intensivas dentro do prédio continuam atendendo pacientes com o novo coronavírus e outras patologias.
No último fim de semana, como tentativa de não sobrecarregar o sistema, o HRMS transferiu 13 pacientes para outros hospitais da capital, mas o número exponencial de casos que insistem em subir na Capital elevou a taxa de ocupação dentro do Regional.
A diretora-presidente do Hospital Regional, Rosana Leite de Melo, fala sobre o acionamento da tenda e apela a sensibilização da população “Temos postergado o acionamento da tenda, mas infelizmente a pandemia se instalou de forma muito agressiva na Capital nos últimos dias. Não queríamos isso em nenhum momento, temos trabalhado de forma árdua para conter o novo Coronavírus. Nossa equipe tem se redobrado, os protocolos médicos têm dado resultado juntamente com o tele atendimento, mas infelizmente, o pior momento da pandemia está chegando até nós. Seremos firmes e fortes nesse enfrentamento. Faremos de tudo para atender a população sem que entremos em colapso, mas sem o apoio da comunidade, será impossível”.