O constante desencontro de informações entre os boletins divulgados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Corumbá, tem exigido esforço dos órgãos de impressa para relatar com precisão a atual situação do Covid-19 na cidade.
Isto porque simplesmente os dados quase nunca “batem”. Enquanto o Estado faz a divulgação diariamente pela manhã sempre as 10h30 através das Lives transmitidas pelo Facebook e também por boletins no site institucional do Governo, a Prefeitura de Corumbá ainda não definiu ao certo um horário nem modelo para divulgação do seu boletim, que hora sai por uma página do facebook da Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, hora pelo site institucional e outras raras vezes em grupos do WhatsApp onde participam membros da imprensa corumbaense.
Os erros nas divulgações dos dados emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá também tem sido uma questão à parte.
Desde a nacionalidade dos pacientes, idade, local de moradia, formas de contágio, data de notificação e internação, frequentemente tem sido questionadas pelos familiares das vítimas e posteriormente retratadas pelo órgão.
Ao divulgar os dados que supostamente seriam para ser oficiais, a imprensa se depara com uma avalanche de contradições que colocam em “xeque” a credibilidade e confiabilidade das informações prestadas.
No início da pandemia, os dados de contágios eram desencontrados. Recentemente, a secretaria errou por duas vezes a nacionalidade de um paciente de 71 anos que morreu em decorrência da Covid-19 no dia 16 de junho.
A primeira informação é de que se tratava de um homem com nacionalidade paraguaia. Logo em seguida, em correção a nota divulgada a secretaria informou novamente errado que o homem teria dupla nacionalidade, boliviana e brasileiro.
No entanto, familiares questionaram e chegaram a postar o documento de identificação do homem nas redes sociais comprovando que o mesmo era brasileiro.
No caso de um caminhoneiro que faleceu no último sábado (20), a primeira informação era de que ele teria 53 anos e estava internado desde o dia 16 de junho. A informação precisou ser reificada após familiares informarem que o homem tinha na verdade 52 anos e estava internado desde o dia 06 de junho.
Nesta terça-feira, após o estado divulgar a taxa de ocupação e o conteúdo ser publicado pela reportagem do Folha MS, o município publicou que a taxa de ocupação de leitos, (após as três mortes registradas na cidade em menos de 24 horas), é de 56%.
Ocorre que até o último boletim divulgado pelo município no dia 22 confirmava a informação de 80% de ocupação. Até o momento da publicação desta matéria, o boletim municipal não foi atualizado.