Corumbá reduz 57,5% do desmatamento, mas ainda lidera ranking de devastação em 2024

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  • Post publicado:15 de maio de 2025

Corumbá registrou redução no desmatamento em 2024, com retração de 57,5% em comparação ao ano anterior. O município sul-mato-grossense, localizado no coração do Pantanal, teve 11.164,3 hectares de vegetação nativa suprimidos, contra 26.284,5 ha em 2023.

Apesar disso, ainda aparece entre os dez municípios com maior área desmatada no país, segundo o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) divulgado pelo MapBiomas Alerta.

Os dados mostram que Mato Grosso do Sul também seguiu essa tendência de redução. O Estado apresentou queda de 47,8% na área total desmatada, passando de 87.108 hectares para 45.424 ha em um ano.

A maior contribuição para essa redução veio justamente do Pantanal, que teve o maior recuo proporcional entre todos os biomas brasileiros: menos 58,6% na comparação com 2023.

desmatamento
Maior parte dos incêndios ocorreram em áreas devidamente registradas no CAR

Mesmo com esses avanços, Mato Grosso do Sul segue no ranking dos dez estados que mais desmataram em 2024, ocupando a oitava colocação, com 3,7% do total nacional. Desde 2019, o Estado já perdeu mais de 289 mil hectares de vegetação nativa.

Segundo o levantamento, quase todo o desmatamento em MS ocorreu em áreas rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). No Pantanal, essa proporção foi ainda maior: 99,5% da supressão de vegetação aconteceu em imóveis devidamente cadastrados.

O RAD 2024 indica que todos os biomas brasileiros, com exceção da Mata Atlântica (que se manteve estável), apresentaram redução nas taxas de desmatamento. A média nacional caiu 32,4%, com perda total de 1,24 milhão de hectares. O Cerrado lidera pelo segundo ano seguido como o bioma mais desmatado, apesar da queda de 41,2% nas áreas devastadas.

No acumulado do ano, Amazônia e Cerrado continuam concentrando a maior parte da devastação no país, somando 89% da área total desmatada. O principal vetor dessa destruição segue sendo a agropecuária, responsável por mais de 97% da perda de cobertura vegetal registrada nos últimos seis anos.

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