A 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, vinculada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), está investigando denúncias de danos à saúde e ao meio ambiente causados pelo transporte de minério de ferro na região de Ladário. Mais de 30 moradores relataram problemas como sangramentos nasais, irritação ocular e doenças cutâneas, atribuídos à poeira excessiva e à falta de controle na umidificação das vias.

Um relatório do Núcleo Regional de Criminalística confirmou que a aspersão de água, usada para reduzir a poeira, gerou lama e agravou os transtornos. A poeira contínua também compromete a qualidade do ar, invade residências e está ligada a casos de asma e bronquite entre a população. Além disso, o ruído constante de caminhões tem causado distúrbios do sono e estresse crônico, segundo o documento.

🚀Participe do grupo VIP do Folha MS e receba as notícias em primeira mão📣

Impactos ambientais

O laudo também alertou para danos à vegetação local, com partículas de minério bloqueando a fotossíntese, e riscos de contaminação de rios próximos devido ao carreamento de sedimentos. A promotoria destacou que a lama acumulada nas estradas aumenta o risco de acidentes e dificulta o tráfego de veículos e pedestres.

Ações do Ministério Público

O MPMS determinou perícias complementares na área e oficiou a Prefeitura de Ladário para apresentar um plano de mitigação dos danos. A promotoria busca identificar responsáveis pelas irregularidades e exigir medidas como controle rigoroso da umidificação, monitoramento da qualidade do ar e redução do fluxo de caminhões em horários críticos.