Uma travesti identificada como Dandara Alves Lemos, de 34 anos, foi encontrada morta na tarde de sábado (22) na cela três do Instituto Penal de Campo Grande, localizado no Bairro Jardim Noroeste.
O crime ocorreu entre 16h30 e 18h, após uma discussão motivada por uma dívida de R$ 100, conforme relatado pelos dois homens que dividiam a cela com ela: um de 37 e outro de 28 anos, autuados em flagrante por homicídio qualificado.
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O corpo foi descoberto por funcionários do presídio, que acionaram a polícia. A vítima estava com pés e mãos amarrados, uma toalha apertada no pescoço e apresentava hematomas, cortes na testa e sinais de asfixia, segundo o Departamento de Perícia Criminal.
Testemunhas disseram que os suspeitos afirmaram ter participado de uma luta corporal com Dandara antes de sua morte. Após o crime, os homens amarraram o corpo e posteriormente foram transferidos para outra cela.
A Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol assumiu as investigações. A perícia, supervisionada por autoridades policiais, confirmou que as manchas no pescoço eram consistentes com morte por asfixia. O corpo foi encaminhado a uma funerária para procedimentos legais.
Histórico criminal da vítima
A Travesti cumpria pena pelo homicídio do comerciante Valério Encina, ocorrido em 18 de abril de 2019, no Jardim Leblon. Investigações apontaram que, após um programa sexual, ela tentou furtar a carteira de Valério, que a impediu.
Dandara sacou uma faca de sua bolsa e desferiu 12 golpes contra a vítima, que morreu no local. O caso teve ampla repercussão na época e resultou em sua condenação.