Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, teve sua prisão decretada por um juiz após não comparecer ao tribunal para responder a um caso de abuso sexual envolvendo uma menor de idade em 2016. O ministro da Justiça, César Siles, revelou que a adolescente deu à luz uma menina, e o pai reconhecido na certidão de nascimento é Morales.
O escândalo veio à tona em 2024, quando a promotora Sandra Gutiérrez informou que foi destituída por pedir a prisão de Morales em uma investigação por “tráfico de pessoas“. A resolução de prisão indica que Morales se envolveu com uma menor de 15 anos, com quem teve uma filha.
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“Observamos com indignação crimes graves que pretendem ficar na impunidade. Refiro-me concretamente a uma menina estuprada aos 15, 16 anos“, disse o ministro, em coletiva de imprensa em outubro passado.
Em resposta, Morales declarou na rede social X que não se surpreende com as ameaças e perseguições, afirmando que não será calado. Uma juíza de Santa Cruz anulou a ordem de prisão após um recurso dos advogados de Morales, com a promotora Gutiérrez alegando que foi destituída por instrução do procurador-geral.
Morales governou a Bolívia de 2006 a 2019 e apoiou a eleição de seu sucessor, Luis Arce. No entanto, os dois romperam e agora disputam a liderança do partido MAS e a indicação presidencial para as eleições de 2025.