O cão policial Athos, que atuou com a Polícia Militar em Cascavel, no oeste do Paraná, foi submetido à eutanásia na última terça-feira (21) após diagnóstico de um câncer agressivo em estágio avançado. A decisão, tomada em conjunto pela tutora Renata Soares dos Santos e pelos veterinários, foi considerada a forma mais digna de encerrar o sofrimento do animal.
Athos já sofria de displasia coxofemoral, condição que compromete a articulação do quadril e dificultava sua locomoção. Inicialmente, os médicos cogitaram uma cirurgia para aliviar a dor por meio de bloqueio nervoso, mas exames cardiológicos revelaram metástase em diversos órgãos, o que inviabilizou o procedimento.
Segundo Renata, a família tentou todas as alternativas possíveis antes de optar pela eutanásia.
“Nós procuramos todos os meios para salvar a vida dele. Ele não estava mais caminhando. Ele caiu e não conseguia mais andar”, relatou. Ela acrescentou que, diante do avanço da doença, não havia mais tratamento eficaz. “Descobrimos que não tinha tratamento e ele não aguentaria a cirurgia. Também começaria a sentir muita dor porque a medicação não ia fazer efeito”, explicou.
A tutora destacou que a escolha foi dolorosa, mas necessária para preservar a dignidade do cão. “Um animal que trouxe tanto amor e carinho para minha família, foi o meio mais digno de acabar com o sofrimento dele”, afirmou. Renata contou ainda que Athos será cremado, e as cinzas guardadas em uma urna, junto com um molde da patinha como lembrança.
O 5º Comando Regional da Polícia Militar prestou homenagem nas redes sociais, ressaltando a importância do cão nas operações. “Nossa última continência ao cão de faro Athos, que durante sua trajetória demonstrou coragem, obediência e instinto exemplar, sendo peça fundamental em diversas apreensões e operações na cidade de Cascavel e região”, diz a publicação.

